Batwoman – Tudo que precisa saber para assistir a serie da CW

Estreou em outubro a nova série do universo compartilhado de Arrow no CW: Batwoman. Personagem que havia sido apresentada previamente no crossover Elseworlds. Crossover é um evento fictício em que dois ou mais personagens, cenários ou acontecimentos sem qualquer relação anterior em produtos de mídia – filmes, quadrinhos, seriados etc. – se encontram num mesmo produto.

INTRODUÇÃO DE UMA NOVA HEROÍNA NO ARROWVERSO

Elseworlds foi o 5º crossover realizado no universo compartilhado que ganhou o simpático apelido de Arrowverse. E fez com que as séries The Flash, Arrow e Supergirl interagissem no 8º episódio de cada uma delas. O enredo apresenta o Monitor aos telespectadores e insere o Flash da série dos anos 90 no universo compartilhado da CW.

Tal medida surpreendente abriu as portas para que a emissora anexasse todas as séries de personagens adaptados da DC Comics num multiverso coeso e coerente, onde participam até mesmo Smallville, Birds of Prey, etc, e ainda apresentasse o universo de Reino do Amanhã. Mas isso é texto para uma próxima matéria. O foco deste review é outro.

Elseworlds além de apresentar o Monitor e toda a trama do vilão ainda não revelado contra o universo, introduziu também as personagens Lois Lane, Batwoman e a cidade fictícia de Gotham City.

E mais uma vez a CW deu pano para a manga pois a Batwoman se mostrou uma baita personagem. Soube interagir bem com os “veteranos” e sua química com a Supergirl nos deu esperança de que mais encontros entre as duas pudessem ocorrer, tal qual Superman e Batman nos quadrinhos.

A CW, esperta como ela é, se aproveitou de um momento onde as personagens femininas e empoderadas estão ganhando seu devido destaque e criou uma série baseada em uma das versões mais recentes da Batwoman.

BATWOMAN NOS QUADRINHOS

Explico: nos quadrinhos, há diversas versões da Batwoman. Originalmente ela foi criada em 1956, uma artista circense que tinha se tornado milionária. E que posteriormente decidiu se tornar uma combatente do crime em Gotham. Seu nome, Kathy Kane, foi uma linda homenagem ao criador do Batman, Bob Kane. E era basicamente uma versão feminina do Batman.

Esta personagem continuou ativa no universo do morcego até 1964, onde inclusive trabalhou seu legado através de sua sobrinha e parceira de aventuras Betty Kane. Ambas as personagens foram jogadas ao limbo pelo editor de sua época, Julius Schwartz. Que estava reformulando a batfamília e estava tentando limar o máximo de versões parecidas com o Homem-Morcego. Posteriormente ela foi morta pela Liga dos assassinos de Ra’s Al Ghul, mas já não fazia mais diferença.

Após o grande evento de Crise nas Infinitas Terras, Kate não foi reapresentada, mais sua sobrinha sim. Betty Kane ganhou uma jovem versão de nome Flamebird (aqui no Brasil, Flamejante), onde interagiu com Robin.

Mas tudo mudou para a Batwoman na série semanal 52, lançada em 2006.

Esta versão apresentada por Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid, mostrava diferenças nada sutis. Para começo de conversa, ela era rica, muito rica. Além de sua sexualidade bem definida como lésbica e que já tinha se relacionada amorosamente com a Renée Montoya, ela era a Batwoman, a Mulher-Morcego.

Depois de sua apresentação ela só veio a ganhar uma revista mensal após o advento dos Novos 52, que foi um movimento do Dan Diddio para rebotar o universo DC e tornar tudo novo e coeso para um novo público. Jogada muito parecida com o que a DC havia feito anos antes em Crise nas Infinitas Terras.

A Batwoman das hqs que está em vigor e que vai ser a base para a série da CW é Katherine Kane, filha de Jacob e Gabi Kane, e que tinha uma irmã gêmea chamada Elizabeth.

Jacob e Gabi eram militares. E numa de muitas viagens de transferência, Gabi, Kathy e Mary foram sequestrados por terroristas, o que resultou na morte de sua mãe e de sua irmã. Tudo isso sendo presenciada pela futura heroína.

E com esse trauma na mente, a solução mais lógica para Kane foi entrar para a academia do exército. Onde treinou até ser convidado a ser retirar, após descobrirem que era homossexual. Em paralelo, seu pai Jacob se casou novamente, desta vez com uma Catherine Hamilton, uma socialite de Gotham. Com isso Kathy entrou numa vida de festas excessivas banhadas a álcool e muito sexo. Nesse ínterim conhece a detetive Renée Montoya e tem um relacionamento muito conturbado com ela.

Relacionamentos frustrados, anos de bebedeira e festas se passam, e a vida de Kate muda absurdamente, após ser salva por Batman de um assalto. Dali por diante, ela decide se tornar uma combatente do crime, completamente inspirada no homem-morcego. Um detalhe muito legal dessa história é que o pai de Kate a envia pelo mundo para aprender artes-marciais para se tornar a melhor combatente possível. Lembra quem passou por isso também? Sim, Bruce Wayne. E com isso nasce uma nova heroína em Gotham. E as comparações não param, vide que Jacob Kane funciona como um Alfred para Kate, onde a auxilia no combate ao crime.

Lembra-se de Elizabeth Kane, a irmã de Kate? A que morreu juntamente com sua mãe? Ela na verdade não estava morta e retorna como a criminosa Red Alice. Onde posteriormente vira uma anti-heroína de Gotham.

Com os acontecimentos de Rebirth (Renascimento aqui no Brasil), Kate descobriu ser prima de 1º grau de Bruce Wayne. Mas foram mudanças muito sutis e que soaram de forma perfeita como uma descoberta natural. E isso fortaleceu mais ainda os laços com a batfamília.

É isso meus amigos, fiz essa pincelada sobre a Batwoman nas hqs, para preparar vocês para a nova e incrível serie da CW. Fique ligado no Popsfera para saber mais sobre a serie da Kate Kane, a nova heroína do arrowverso.

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Puyol Miranda

Uma simples testemunha da humanidade, que presencia todos os dias as grandes maravilhas de Deus. Além de presenciar o mais lindo momento de uma etapa de crescimento, me tornar pai. Sou analista de ti, leitor de quadrinhos, decenauta convicto e amante da tecnologia.

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