Bebê Yoda – o Final da Segunda Temporada!

Bebê Yoda – o Final da Segunda Temporada: Se alguém tinha dúvida do forte impacto de The Mandalorian na popsfera, é só abrir o Twitter hoje: o barulho em cima do final da segunda temporada não foi divisivo, como a recente trilogia de filmes. Pelo contrário, a série é aclamada pelos fãs de forma praticamente unânime! E conseguiram isso conectando diversos pontos de todo o lore do universo Star Wars, incluindo filmes, livros e animações.

Graças a esse orelhudinho.

Claro, some-se a isso as doses certas e bem pontuadas de fanservice e muito apelo emocional – a série conversa bem com fãs de todas as gerações de Star Wars, desde a trilogia clássica, passando pela trilogia do Anakin e até mesmo a polêmica nova trilogia. Nada de reinventar a roda ou apego excessivo aos dogmas e “canon” – pelo contrário! Esse episódio é um excelente exemplo de quando é a hora de se desapegar da tradição ortodoxa para abraçar algo novo. Mas se você ainda não assistiu ao episódio, recomendo parar a leitura aqui: vamos dissecar tudo que aconteceu e algumas coisas são melhor apreciadas assistindo do que lendo, ok? Vamos lá:

O episódio começa com o mandaloriano Din Djarin recrutando Bo-Katan e Koska Reeves para o seu pequeno “esquadrão suicida”. A ideia é ajudar Djarin a resgatar Grogu, o bebê Yoda – com isso, Bo-Katan pode ficar com o darksaber que está em poder de Moff Gideon. Ela quer usar essa arma lendária para unir Mandalore novamente (vale lembrar que Djarin e Boba Fett estão cagando pra isso). O grupo consegue capturar o cientista imperial Dr. Pershing, e o usa para conseguir abordar o cruzador de Moff Gideon, enquanto Fett distrai as defesas, a bordo do Slave I. O plano dá certo, eles entram e se separam: as mulheres do time vão para a ponte de comando atrás de Gideon, enquanto Djarin vai para a cela onde Grogu é mantido prisioneiro.

Hora de sair dando tiro em Imperial

O problema (o primeiro deles, ao menos) é que, pra chegar à cela, ele vai ter que passar pelos Dark Troopers! Os andróides são verdadeiras máquinas de matar que não param por nada! Djarin é rápido e consegue isolá-los na câmara onde eles são ativados, mas um deles escapa e começa a SENTAR A BOLACHA no mandaloriano! Felizmente, sua armadura de metal beskar aguenta os golpes, é tipo um adamantium do universo Star Wars. Não amassa, não arranha, deflete rajadas dos blasters… Ou ele teria morrido. Djarin usa sua lança de beskar para destruir (a MUITO custo) o primeiro Dark Trooper, e aciona uma comporta para jogar os outros no vácuo do espaço!

Finalmente ele chega à cela – onde Moff Gideon o aguarda! O oficial do Império diz que já conseguiu o que queria de Grogu: analisar seu sangue, rico em midchlorians! Como sugerimos anteriormente, o sangue de Grogu pode ser a chave para clonar o Imperador Palpatine – o processo pode não ter sido perfeito, o que explica os eventos do “Episódio IX – A Ascensão Skywalker”. Mas fodace, o importante é que a porrada come solta entre Gideon e Djarin! O mandaloriano derrota o oficial mas resolve poupá-lo, levando-o com vida para a ponte de comando onde está o resto de seu grupo!

“Se você chegar mais perto, eu acabo com essa franquia!”

A primeira ponta solta para a terceira temporada está aí: Djarin leva o sabre de luz negro e o estende para Bo-Katan, cumprindo sua parte no acordo… Mas ela não aceita! Enquanto olha furiosa para Djarin, Moff Gideon debocha, dizendo que agora ele é o legítimo dono do sabre – que só pode ir para outra pessoa se ele for derrotado em combate! Djarin não dá a mínima pra isso e diz “não importa, eu me rendo. Eu só quero a criança, tome o sabre”. Bo-Katan está cada vez mais furiosa e diz “Gideon tem razão. É o que manda a tradição.”

Eles são interrompidos pelos Dark Troopers! O vácuo do espaço obviamente não detém os andróides, e eles voltam para concluir sua missão: matar os invasores rebeldes! Eles começam a socar violentamente a porta da ponte de comando, e é questão de tempo até que entrem e matem todos, “exceto eu e a criança”, segundo um vingativo Gideon.

É quando a maré muda, e The Mandalorian nos lembra porque amamamos tanto Star Wars!

Não, não é por isso.

Uma X-Wing se aproxima e Grogu fica nitidamente interessado em seu piloto, acompanhando a aterrissagem pelos monitores. Um piloto de X-Wing não é o suficiente para reverter o cenário que eles se encontram, certo? Mesmo assim, os Dark Troopers analisam a situação e resolvem deter o invasor.

Pelos monitores, todos observam, sem palavras, enquanto o piloto da X-Wing, vestindo um traje negro com manto e capuz, usa seu sabre de luz pra picotar Dark Troopers como se eles não fossem mais do que meros dróides separatistas (aqueles imbecis da trilogia do Anakin).

Tão úteis numa guerra quanto o exército brasileiro.

Lembram da cena final com Darth Vader em Rogue One? O que temos aqui é algo no mesmo nível. Perfeito controle da Força. Técnica de batalha que elimina os oponentes com mínimo esforço. A impressão é que o misterioso jedi poderia passar horas, até dias, picotando os Dark Troopers sem ser atingido. Mas quem é ele!? Ahsoka Tano havia dito que, ao posicionar Grogu no templo Jedi, alguém sentiria sua presença e viria buscá-lo. Pela imagem ruim dos monitores, fica difícil definirmos a cor do sabre de luz.

Quando a imagem muda para os corredores do cruzador, vemos o sabre de luz verde DELE.

SIM! Luke Skywalker, bitcheees! Luvinha preta e tudo!

Ele abre caminho sem suar até a ponte de comando. Ver Luke tirando o capuz e revelando seu rosto em CGI (lembre-se que a história se passa poucos anos após o “Retorno de Jedi”) é emocionante pra qualquer fã da saga. O próprio Mark Hammil interpretou Luke nessa cena, com a produção tendo apenas o trabalho de “rejuvenescê-lo” (não ficou muito bom, temos que admitir). Mas ele sentiu Grogu no templo Jedi e veio até ele! Agora Luke chama Grogu – que hesita.

– Ele não quer ir com você – diz Djarin.
– Ele está esperando sua permissão – responde Luke, para quem os pensamentos e sentimentos do bebê Yoda já estão claros.

Djarin explica a situação para Grogu e se despede de seu filho, numa das cenas mais emocionantes já vistas em Star Wars. “Eu vou ver você de novo. Eu prometo.”

Eu já tou chorando só de lembrar!

Grogu toca o capacete de Djarin – que não pensa duas vezes: ele tira o capacete na frente de todos, os olhos cheios de lágrimas e fodace a tradição mandaloriana, que se fodam as regras e leis! Nada é maior que o amor de um pai por seu filho – ou a dor de ter que vê-lo partir. Grogu toca o rosto de seu pai, sem dizer uma palavra, mas comovido pela tristeza dele. “Está tudo bem”, Djarin diz. “É hora de ir. Não tenha medo.”

Outro clássico personagem de Star Wars aparece: R2D2! Ele entra na sala e, de maneira bem divertida, parece interagir com Grogu em sua linguagem de bleeps. Luke e Djarin apenas acenam um para o outro, com a confiança mútua de que será o melhor para o que pequeno bebê Yoda ser treinado por um jedi.

“Guri, espero que você não coma sapo igual aquele outro…”

– Que a Força esteja com você – Luke se despede e parte com Grogu no colo, que fica olhando para seu pai uma última vez, por cima do ombro de Luke. Djarin permanece sem o capacete, pouco se cagando para a tradição mandaloriana. É visível o quanto ele está arrasado.

Mas fez o melhor pelo seu filho. E se manteve fiel à sua palavra.

Da última vez que vi Luke num elevador desses, ele estava indo enfrentar seu pai.

Grogu é o elo de ligação entre o massacre dos jovens que Darth Vader promoveu no templo Jedi, no Episódio III, e a Nova Ordem Jedi criada por Luke. Os pecados do pai serão redimidos pelo filho – mas, para isso, Djarin precisou se separar de seu próprio filho. E é sobre isso que Star Wars sempre se tratou, fundamentalmente: o conflito entre as gerações, os filhos assumindo os lugares dos pais, ou repetindo seus erros ou, nesse caso, corrigindo. Com todas as trilogias conectadas, com todo o lore de Star Wars sendo respeitado e aproveitado de uma maneira inédita, com o Mandaloriano finalmente garantindo a segurança do bebê Yoda, fica a pergunta: e agora?

Provavelmente, teremos uma terceira temporada com um líder mandaloriano relutante – já que Din Djarin recusou o sabre de luz negro e Bo-Katan não quis pegá-lo sem seguir a tradição. Lembrando que entrarão em cena as séries de Ahsoka Tano e dos Marshalls da Nova República, que vão levar a um grande crossover! Mas será que é só isso?

Não! Meus amigos, nós também tivemos uma das cenas pós-créditos mais impactantes da história! A Disney guardou algumas cartas na manga no evento Investor Day (que dissecamos aqui) e a primeira delas foi revelada: Boba Fett volta para Tatooine e invade o antigo palácio de Jaba, agora controlado por Bib Fortuna! Fett mata Fortuna e senta-se no seu trono, cheio de marra, trilha sonora épica, tudo sensacional! E o anúncio:

“O Livro de Boba Fett – Estreia em Dezembro de 2021”

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Raul Kuk o Mago Supremo

Raul Kuk - o Mago Supremo. Pai de uma Khaleesi, tutor de uma bruxa em corpo de gata.

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