Clássico do Dia: Sepultura – Roots

Clássico do Dia: Sepultura – Roots: O Sepultura alcançou a reputação como um dos mais influentes grupos dos estilos groove, thrash e death metal. O grupo é o mais bem sucedido a surgir da cena heavy metal de Belo Horizonte, tendo sido formado pelos irmãos Max (cantor e guitarrista) e Igor Cavalera (baterista) em 1984. A dupla foi profundamente influenciada pela música do grupo inglês Venom e outras bandas de extreme e thrash metal. O Sepultura começou a angariar público nos Estados Unidos a partir de seu segundo álbum, Schizophrenia, o primeiro a contar com a participação do guitarrista Andreas Kisser. Sua reputação foi aumentando até a consagração com discos como Arise (1991), Chaos A.D. (1993) e Roots (1996). Entretanto conflitos internos acabaram levando à partida de Max em 1996, sendo substituído por Derrick Green. Em 2007 foi a vez de Igor partir, para retomar a parceria com Max na Cavalera Conspiracy. Desta forma o baixista Paulo Jr passou a ser o membro mais antigo remanescente. Apesar dos contratempos, o Sepultura continua em atividade, sob a liderança inconteste de Kisser.

O álbum ROOTS é o sexto da banda e trouxe uma inusitada mistura de heavy metal com sons tribais. Max disse certa vez:

“Um dia eu estava bebendo vinho em casa e fiquei meio chapado, mas não muito, me sentindo bem pra caramba. Assisti a um filme underground chamado “Brincando nos Campos do Senhor. A parte do filme em que Tom Berenger se lança de paraquedas na aldeia me deu a ideia para ‘Roots’. Pensei: ‘vamos lá gravar um disco com a tribo. Seremos a primeira banda a fazer isso”.

Com a ajuda de Angela Pappiani, jornalista, escritora e diretora do IKORE, centro de tradições indígenas, a banda entrou em contado com a tribo Cipassé, do Mato Grosso. O objetivo era conseguir um tempo de imersão musical, ouvindo, cantando, sentindo a música da tribo. A faixa Itsari é um cântico de cura dessa tribo.

Um dos hits do álbum é RATAMAHATTA, com vocais de Carlinhos Brown. Ele explica de onde veio a letra e o nome para a canção:

“Quando estive em Manhattan, fiquei impressionado com os ratos deles. Parecem com os sariguês [gambás] daqui da Bahia. E sariguê aqui vai para a panela! Só que o pessoal dizia que os ratos de Manhattan não eram bons para comer, porque eram mais sujos. Por isso na letra há as palavras ‘garagem’, ‘biboca’ e ‘favela’. O rato não está apenas nos grandes centros. Ele está por todos os lugares. Ele está na fubanga, maloca, bocada. Quem é o rato? É o chefe da reciclagem. Isso que quer dizer a música. Fala de um rato de Manhattan que percorre o mundo e se conecta com todos”.

A faixa título é um clássico absoluto e merece ser postada aqui também:

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