CRISE NAS INFINITAS TERRAS DA CW – CONCLUSÃO DE UMA SAGA ÉPICA
CRISE NAS INFINITAS TERRAS DA CW – CONCLUSÃO DE UMA SAGA ÉPICA: O grande crossover da CW não poderia concluir sua grande história de outra forma: épica.
Esses 2 episódios foram fantásticos. Teve de tudo um pouco e muitas homenagens. Fique conosco, que vamos prepara-lo para resenhar o final de uma história incrível.
Após acompanharmos as 3 primeiras partes, constatei na minha humilde e simples opinião de quem acompanha estes personagens a 8 anos, que a série estava em uma onda crescente de qualidade. Tanto roteiro, quanto interpretações entregues pelos atores, estavam acima da média. Cada episódio trabalhou um aspecto diferente do universo compartilhado de Arrow. Seja, através da ciência, amizade, companheirismo, amor, humanidade ou magia, o auto conclamado arrowverso mostrou-se uma oportunidade única de trabalhar com personagens tão distintos e complexos e que ao mesmo tempo não tinham uma chance verdadeira de explorar todo o seu potencial no cinema ou eram subaproveitados até mesmo nos quadrinhos.
Portanto, é um prazer ver tantos personagens juntos em um proposito tão simplório, mas ao mesmo tempo importante e honrado que é combater o mal. E posso afirmar que naquele universo o espírito dos quadrinhos habita em abundância.
O nível de desespero e apreensão após o termino do episódio 3, nem sequer se compara a algo feito para a televisão anteriormente. Pois, literalmente o universo de matéria deixou de existir. Aliás, não só o universo, mas todo o multiverso deixou de existir, para dar lugar a antimateria. O Antimonitor venceu a batalha. Os heróis que sobreviveram, os paragons (termo criado com exclusividade para a série e que já foi explicado em artigos anteriores), foram salvos no Ponto de Fuga, um local fora do tempo e espaço, pelo Pária.
Com todos esses acontecimentos, os heróis sobreviventes e isolados no Ponto de Fuga (afinal não tem como sair de lá de maneira convencional, sem a nave Waverider), estão sem esperança e sem ideias de como resolver o grande problema. Fica a dúvida se conseguirão vencer o vilão, e mesmo se conseguissem vencer o vilão, como fazer para restaurar o multiverso. Todas essas perguntas são respondidas através do Espectro, que aparece para os personagens.
Jim Corrigan que apareceu no episódio anterior recrutando Oliver para salvar o multiverso e assim passar o manto do Espectro, o treinou no Purgatório, para ele se tornar o hospedeiro da entidade cósmica. Segundo o antigo hospedeiro, ele foi preparado sua vida inteira para aquele momento. E foi muito legal ver Stephen Amell com uma maquiagem simples e uma voz poderosa, apenas para simbolizar que ele está morto e que naquele momento, ele era “algo a mais”. Ali, com poucas palavras o ator entregou uma cena perfeita, que mostrava a mudança de status e sua completa aceitação.
Espectro/Oliver Queen surge com a ideia de um grupo viajar ao passado do Monitor para convencer Mar-Novu a não prosseguir com o experimento temporal que ele estava implementando, e assim uma nova cadeia de eventos se iniciaria e evitaria a destruição do multiverso. E como plano backup os heróis seriam conduzidos através da Força de aceleração, para poder enfrentar o Antimonitor na Aurora dos Tempos (local onde o primeiro universo surgiu e sucedeu a criação do multiverso).
É nesse momento que a Supergirl de Melissa Benoist, Ryan Choi de Osric Chau e o Lex Luthor de Jon Cryer se destacam. Um grupo diferente e de características tão distintas que estão unidos para salvar o multiverso, certo? Errado, mesmo em meio a tantos problemas um ambicioso Luthor ainda tenta dar um golpe de dominação global. E um dos diálogos mais legais vem da Supergirl com Ryan, onde ela o valoriza por escolher salvar o universo em detrimento de estar com sua família, e que com isso mesmo ele não tendo poderes, ele era mais do que especial.
Apesar de Ryan Choi, convencer Mar-Novu, ele apenas convenceu uma versão. E em um multiverso repleto de versões alternativas, ao menos uma versão do futuro Monitor viria a romper a barreira do universo de matéria e corromperia com antimateria (o seu oposto). Portanto, o plano backup do Espectro precisa entrar em ação, os heróis encontram o vilão na Aurora dos Tempos.
Aliás, um ponto negativo do roteiro foi a ideia do Espectro, um ser cósmico e que tem sua essência espalhada pelo multiverso, oferecer uma ideia fraca dessas, é o fim, né? Enfim, não existe justificativa plausível para uma entidade poderosa falhar miseravelmente com esse tipo de plano, apenas que pode ter partido da parte humana, no caso Oliver Queen.
Com isso, o 2º plano do Espectro se torna a principal arma para destruir o Antimonitor. Após, Oliver desbloquear todo o potencial do Flash, ele fica o responsável por carregar o time e o manter unido na força de aceleração e leva-los a Aurora dos Tempos. E foi uma ótima ideia do roteiro, porque eles revisitam os momentos mais importantes, as vitorias e derrotas mais acachapantes. Aliás, foi bem legal, a conversa do Oliver com Barry, com este último sendo confortado pela morte do amigo e aceitando a morte como parte do trabalho.
Flash consegue levar todos os heróis para enfrentar o vilão. E com isso os paragons começam a combater os Demônios das Sombras do Antimonitor, ganhando tempo para que o Espectro combata o grande vilão.
Agora a luta do vilão com Espectro é que chama a atenção. Senhoras e senhores, que luta. O visual simples porem eficiente do Espectro realmente me surpreendeu positivamente, e Amell entrega um Espectro imponente, confiante e acima de tudo poderoso.
O combate de gigantes é emocionante e Oliver acender a chama do universo tem um valor simbólico tão significativo e simbólico que tem tudo a ver com o arrowverso. Afinal, de Arrow nasceram todas as séries que transformaram em um dos maiores universos compartilhados que já existiu. E Oliver morre uma segunda vez para que o multiverso possa ser recriado.
Emocionante, tocante, porem necessária, o falecimento deste grande e importante personagem, o transformará num mártir para o multiverso. Mas eu acho que poderia ter deixado ele como Espectro para ocasionalmente aparecer como participação especial. Mas fica no ar também a possibilidade de que Oliver possa estar vivo, afinal ele era hospedeiro de uma entidade cósmica superpoderosa, e que tinha sua essência espalhada pelo multiverso. Fica a torcida para que num futuro próximo Stephen Amell retorne ao menos para uma participação especial.
Oliver Queen dá sua vida pelo Multiverso, Antimonitor desaparece e multiverso recriado. Tudo certo, né? É o que eu esperava do epilogo que saiu em Legends of tomorrow, mas o universo recriado é bem diferente de antes. Muitas mudanças consideráveis, como terem mesclado as terras 1 com a 38. Com isso a Terra principal passa a ser chamada de Terra primordial e os núcleos de Supergirl, Flash, Arrow, Batwoman e Black Lightning passam a compartilhar a mesma realidade. E só os paragons se lembram da antiga realidade (pré-Crise nas Infinitas Terras). E isso mostra um nível de fidelidade único e referencia também às hqs, até porque nos quadrinhos quem estava no Limiar do Tempo, se lembra da batalha e do universo pré-crise, portanto recriaram perfeitamente o capitulo de Crise onde os heróis estão perdidos na Terra Nova.
O epilogo poderia ter sido melhor, se não tivessem colocado de forma gratuita o personagem mais execrável de Legends of tomorrow, e sim estou me referindo a Beepo. A série das Lendas é a mais fraca do Arrowverso e isso fica evidente logo quando colocam este personagem ridículo.
Mas apesar do irritante ursinho gigante, foi um ótimo episódio. Até porque em um crossover da magnitude de Crise nas Infinitas Terras, não tem como qualquer episódio ficar ruim. O show tem muitas qualidades, carinho com os personagens, homenagens, referências são o que não faltam quando falamos desta grande produção do crossover. E o que seria mais honrado do que referenciar a fonte original? Os quadrinhos que Marv Wolfman e George Perez criaram e ficou imortalizado na mente do fã dos quadrinhos, pôde ser reverenciado da melhor forma possível. E o que seria mais quadrinhos do que o retorno do Antimonitor enfrentando os heróis na Terra Primordial e com o vilão assumindo a forma gigante? Ou o próprio Marv Wolfman realizar aparições, tal qual o Stan Lee fazia nos filmes da Marvel? Ou a criação oficial da Liga da Justiça do arrowverso?
Não há motivos para desgostar desta incrível conclusão do maior crossover da televisão. Marc Guggenheim e Greg Berlanti são excelentes produtores e souberam conduzir com maestria um crossover, que sim trabalhou o lado nostálgico do fã da DC Comics que estava carente de boas produções e com isso construiu um evento que é uma verdadeira declaração de amor aos personagens da DC Comics.
CRISE NAS INFINITAS TERRAS DA CW – CONCLUSÃO DE UMA SAGA ÉPICA: Venhamos e convenhamos que a CW hoje preenche um vácuo que a Warner e seus produtores deixaram ao criar filmes fracos, sem conteúdo, confusos numa tentativa fraca de criar um universo compartilhado para competir com a Marvel Studios. A própria bagunça em definir seu formato atual de filmes, favorece para que o fã da DC apoie mais iniciativas como as da CW.
Mas nada disso importa, pois, o que o Arrowerso fez, nenhum filme ou série teve coragem de fazer, que foi interligar todos os filmes e séries com personagens da DC Comics e coloca-los num intricado multiverso. E ao mesmo tempo que a produção de Crise reverenciou o passado nas 3 primeiras partes do crossover, nestes 2 últimos ela olha para o futuro. O fato do Flash de Ezra Miller interagir com o Flash de Grant Gustin, aponta para uma comunicação direta, onde um ajuda o outro.
CRISE NAS INFINITAS TERRAS DA CW – CONCLUSÃO DE UMA SAGA ÉPICA: Ao mesmo tempo que a cena serviu para mostrar que a Terra de Batman v Superman faz parte deste multiverso e deu um toque de classe nunca visto antes no mundo das séries, afinal estamos falando de um dos heróis mais importantes da editora e que faz parte da Liga da Justiça do cinema fazer uma ponta de luxo num seriado, por outro lado o Barry Allen do Arrowverso influenciou ao personagem do Ezra a ser batizado de “Flash”. Preparando o terreno e oficializando de uma vez que o filme do Flash nos cinemas está vivo e firme e em produção.
Isto tudo sinaliza que apesar de pretensioso, os projetos de Greg Berlanti e Marc Guggenheim, estão se alinhando de uma maneira única e original com o cinema. E a linha tênue de cinema e séries esteja menor que antes.
Mas eu como fã da DC, não poderia deixar de parabenizar esta bela produção. Eu ri, me diverti bastante com as referências a séries antigas e curti cada momento. Eu em minha ignorância pensei que o evento perderia muito o hype após o longo hiato de final de ano, afinal todos os crossovers anteriores eram eventos para ser acompanhados seguidos e sem interrupção. Esta seria a primeira vez que haveria uma longa pausa para vermos a conclusão. Mas ledo engano meu caro leitor, a produção sabia o que estava sabendo e não deixou a peteca cair em nenhum momento. Parabéns aos produtores e ao canal que forneceu uma chance única de vermos nossos personagens tratados com carinho, amor e muito esmero. E torço cada dia mais, para que Greg Berlanti seja o produtor de um vindouro universo compartilhado no cinema. Pois, ele manja demais do riscado.
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