Doom Patrol S02E09 – A Patrulha de Cera – Final da Temporada!
Doom Patrol S02E09 – A Patrulha de Cera – Final da Temporada: “Como assim, o final da temporada?!” – sim, popnauta. Infelizmente, é isso mesmo: por conta da pandemia, que já nos privou das estreias de Godzilla vs Kong e Venom 2, as filmagens da segunda temporada de Doom Patrol foram interrompidas! Os produtores resolveram, para o bem estar de todos os envolvidos na série, encerrar no nono episódio – e não no décimo, como havia sido originalmente planejado. Isso nos deixou com mais um daqueles ganchos terrivelmente assustadores!
Chega a ser reconfortante ver que Doom Patrol está flertando com o terror, já que Monstro do Pântano foi cancelada. O Candlemaker é um vilão sensacional e ter Dorothy na história adiciona mais um clássico elemento assustador: crianças!
Mas “A Patrulha de Cera” vai mais longe ainda nos traumas dos integrantes da equipe: tudo começa com Miranda, a personalidade atualmente dominante da Jane Maluca, nos anos 60! Uma jovem tímida, ela se apaixona por um hippie sujo e começa a construir uma vida com ele. Porém, como bom hippie de merda, seu amor tem umas ideias estranhas: a festa de “inauguração” da casa do casal é uma surubona!
Toda a cena da orgia é construída de forma a deixar Miranda o mais desconfortável possível – vale lembrar que ela sofreu abusos do pai. Ela sente que sua confiança foi traída e o trauma faz com que ela pule no poço. Jane assume o controle e termina o relacionamento com John. No presente, Miranda é convocada até o Subterrâneo, onde as suas personalidades coexistem, para prestar contas. Talvez essa personalidade não seja quem diz ser… Até porque, no fundo do poço, Jane descobre o cadáver de Miranda!
Enquanto isso, Herschel (a aranha gigante imaginária de Dorothy) aparece na mansão e convoca a Patrulha para salvar a menina e Niles Caulder das garras do Candlemaker. Eles topam e vão até o parque de diversões onde as coisas deram errado. Lá, se separam e o Candlemaker começa a mexer com suas mentes: eles confrontam os amigos imaginários que tiveram na infância!
Cyborg encontra um cowboy que supre uma carência de sua infância: a necessidade de aprovação paterna (não à toa, seu amigo imaginário tem a aparência de seu pai). O cowboy concorda com tudo que ele fala, apenas dá um tapinha nas costas, diz que ele agiu certo e nada do que deu errado foi culpa dele. Rita encontra uma boneca feita de recortes que dança com ela – mas o recorte dos olhos da boneca foi tirado de uma foto da sua própria mãe, e esse é um trauma que ela ainda não consegue encarar! Cliff teve o melhor momento aí: seu amigo imaginário da infância era ninguém menos que Jesus! Dois caras que tiveram sérios problemas com seus pais… Cliff o teve como amigo num acampamento que fez na infância, mas o deixou pra trás em questão de dias. A gente sabe que com Jesus não se brinca, então o messias começa a sentar a porrada no Homem Robô, em meio a muitos palavrões!
Ah, o Homem Negativo? Bom, Larry Trainor não teve amigo imaginário na infância, então logo ele é coberto de cera e derrotado. Os amigos imaginários do Cyborg, Mulher Elástica e Homem Robô também confrontam os heróis com os aspectos mais frágeis de suas personalidades, minando suas defesas e também cobrindo-os com cera! Só restaram Niles Caulder e Dorothy – que está apavorada!
Entra em cena Slava, a mãe de Dorothy, e a convence a enfrentar o Candlemaker sozinha, apesar dos protestos de Caulder. Isso é algo que a menina precisa fazer agora que é adulta, ou todos serão destruídos.
O episódio é sensacional e chega a ser um crime que a gente tenha que esperar indefinidamente pela próxima temporada. O clima de filme de terror, com os heróis derrotados sendo recobertos de cera (exceto Cliff, que passa por algo mais… desconstrutivo) é bastante perturbador. Há momentos de muita claustrofobia, como as cenas de Jane no poço, além dos confrontos com os amigos imaginários, que sempre passam uma sensação incômoda.
Doom Patrol é uma série que soube aproveitar os quadrinhos certos para adaptar, explorar os pontos fortes de seus atores (inclusive os que só dublam os personagens) e encontrar, à la Tarantino, as melhores referências da TV. Não espero menos que um confronto que diga mais do que “vamos dar porrada no vilão até ele cair”. Afinal, os grandes vilões da Patrulha do Destino são eles mesmos: pessoas marcadas por traumas severos que se sabotam e precisam encontrar uma forma de romper o ciclo de auto-destruição. Porrada no vilão é fácil: difícil é superar a si mesmo.
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