Drácula – Final da série injeta sangue novo no lendário vampiro!

Drácula – Final da série injeta sangue novo no lendário vampiro: Desde que começaram a trabalhar em Drácula, os produtores/roteiristas Steven Moffat e Mark Gatiss negaram que iam dar ao mais famigerado vampiro da ficção o mesmo tratamento que deram a um certo detetive em sua aclamada série Sherlock: nada de ambientar o personagem nos dias de hoje, adaptando o romance para nossos tempos. Drácula seria um drama de época, com castelos, monastérios e capas.

Pois bem, eles mentiram.

Após permanecer 123 anos dormindo em um de seus caixões na costa da Inglaterra, o senhor dos vampiros acorda e vai a nado até a praia, quando é surpreendido por veículos, holofotes e até um helicóptero!

Sim, amigos! Drácula está aqui! É claro que nós somos rapidamente esclarecidos não só sobre como ele sobreviveu, mas também como diabos estavam já esperando por ele na praia! A verdade é que, desde que deixou Mina Harker viva, a garota dedicou sua vida e sua fortuna a criar uma organização que pudesse combater o grande mal que Drácula representava. Mais do que isso, atualmente uma descendente da freira Agatha Van Helsing está à frente dessa organização! Zoe, interpretada também por Dolly Wells (da mesma forma que Peter Cushing interpretava um descendente de Van Helsing nos filmes da Hammer) está determinada a destruir Drácula – mas ela também guarda um terrível segredo!

Porém, o velho conde vai contar com a ajuda do sempre leal Renfield, interpretado de forma magistral por Gatiss, para sair do complexo onde está preso e poder se adaptar aos novos tempos! E isso significa: música, filmes, tecnologia e, claro, o Tinder!

Esse toque de bom humor parece que vai fazer a série perder o rumo, mas tudo muda quando Drácula conhece Lucy Westenra, vivida por Lydia West. A garota tem algo que Drácula deseja – e por isso é jogada em algumas situações verdadeiramente arrepiantes!

Mas Zoe Van Helsing não desistiu de tentar entender qual é, afinal, o grande segredo de Drácula! Ela está disposta a não se deixar morrer enquanto não destruir o inimigo mortal de sua família – ela está com câncer e a vida é uma contagem regressiva para ela. Pra poder continuar lutando, ela bebe uma amostra do sangue de Drácula e, assim, tem acesso aos conhecimentos que o vampiro absorveu de suas vítimas – inclusive de sua ancestral Agatha.

Aí está a chave para derrotar o conde: Zoe começa a acessar o conhecimento de Agatha e passa a entender melhor não só os crimes de Drácula, mas também suas motivações, o que ele tanto deseja e porque, afinal, ele teme coisas como luz do sol e crucifixos. A resposta, que só podia vir da mente brilhante de Gatiss e Moffat, nos leva a um desfecho fabuloso, perfeitamente coerente com o romance de Bram Stoker e cenas que vão do assustador ao majestoso.

O formato da série, com três episódios de uma hora e meia, foi perfeita para que a dupla de roteiristas pudesse refinar suas ideias e focar tanto nos personagens quanto na sequência de eventos que adaptaram do romance. Mesmo trazendo Drácula para o século XXI, está é, sem dúvida, uma adaptação muito fiel do espírito do personagem e dos mitos que o envolvem.

E o que dizer de Claes Bang? Ele segue soberbo, dosando humor e drama sem overacting ou sustos desnecessários. Ele mantém a fleuma e o ar elitista mesmo enquanto se adapta aos nossos tempos, triunfando na tarefa mais importante de qualquer ator que interprete Drácula: nos fazer torcer por ele.

Pare já o que está fazendo, corra para a Netflix e dê uma chance para Drácula. Se você já assistiu, diga para nós o que achou: nós estamos convidando você, e sabemos de um certo nobre europeu que não costuma recusar convites?

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