É dos Carecas que os quadrinhos gostam mais (Ou menos)!
É dos Carecas que os quadrinhos gostam mais (Ou menos): Olar fãs da Popsfera, tudo bom? Comigo está tudo na mesma, pois bem, vamos a mais uma matéria envolvente e picante com o seu pai Fader.
Hoje toco num assunto deveras palpitante, e que, por muitas vezes foi relegado a vilania e ao mais puro preconceito nas histórias de quadrinhos!
Sim, meus amigos, falo da minha velha companheira, a calvície!
Vamos para o passado, vamos lá para trás, na época em que se comprava formatinho com o troco do pão, e veremos que vilão bom era vilão careca!
Sim, amigos, o herói tinha direito a linda cabeleira esvoaçante, com direito a pega rapaz em forma de S na testa (pessoal de Krypton que o diga, um luxo na década de 40 e 50).
Mas os vilões… esses seres malvados do submundo, capazes de planos maléficos e mortais, esses eram Carecas!!! Leia abaixo a análise de É dos Carecas que os quadrinhos gostam mais (Ou menos):
Eu sei, falei de Krypton e você já lembrou dele: Nosso careca número um, a maior mente criminosa da nossa era (e daquela era também), o pobre LEX LUTHOR da DC. Nem um mero fiozinho de cabelo ele tem para se proteger do raios solares. Como viemos a saber depois, ainda na Pré Crise, Lex era um bom rapaz, sensível, dedicado, buscando a cura da kriptonita para seu bom amigo Superboy, mas ai a tragédia se abateu, deu errado o negócio, uma fumaça tóxica se instalou no laboratório, Superboy foi ajudar com o supersopro e deu no que deu: Foi-se a fumaça e junto com ela a cabeleira do nosso brilhante cientista, que desde então jurou VINGANÇA contra o Superboy, e dedicou a vida a vilania pois havia perdido seu caráter, sua bondade e sua hombridade junto com seus lindos cabelos ruivos (Ah, Era de Prata, sua simplicidade e dicotomia me comovem).
Mas vocês pensam que fica por aí? DIGO-TE NÃO! No lindo e colorido mundo da concorrente Fawcett, havia um jovem órfão que encontrou um mago num metro suspeito (alô, PF!) E, como era um Mago Supremo de extremo bom senso, deu poderes divinos para o guri, desde que gritasse seu nome (rapaz, os caras usavam drogas pesadas, não é possível).
E, logicamente, cairia um raio sobre ele, pois, como sabemos, raios dão poderes mágicos para quem é eletrocutado. Tirando esses pequenos detalhes que não vem ao caso, tínhamos que ter um antagonista foda, maléfico, malvado, sem amor no coração e, logicamente, CARECA que nem uma bola de sinuca.
Pobre doutor Silvana, outro vilão incompreendido que bastaria uma peruca e estaria curado.
E se vocês notarem, jovens e cabeludos leitores, esse estigma de cientista louco careca cabeçudo genial ficou até os dias de hoje. Basta lembrar do pobre e incompreendido Megamente (e seu antagonista cabeludo e bonitão, o Metroman com a voz de Brad Pitt) ou o amado por dez entre dez crianças, o super vilão Gru e seus queridos minions, igualmente carequinhas?
Pois é! Maldade e calvície andam juntas nessa onda de preconceito há décadas! Mas as coisas mudam! E a cultura pop, assim como a vida, é um pião da casa própria que gira sem parar.
E aí veio a década de 60.
A contracultura.
A valorização do diferente, dos excluídos, dos oprimidos.
E vieram os X-Men e a tábua de salvação dos deficientes capilares, Charles Xavier.
O bom e velho Charlinho abriu caminho para uma nova visão dos carequinhas, a de que eles, finalmente, poderiam ser genialmente bons, brilhantes (não só a testa, claro), e fazendo parte do lado dos mocinhos (liderando os mesmos, ainda por cima!) A partir daí um novo mundo se abriu, e a Cultura Pop despertou aos poucos para a calvície do bem.
Nessa brincadeira até heroínas Carecas apareceram (obrigado, Serpente da Lua), e, com o tempo, ser herói e careca se tornou charme, diferencial, até o ponto de ser literalmente motherfucker e dominar não só os quadrinhos como os cinemas (sim, Samuel L Jackson, te devemos essa com seu Nick Fury e Mestre Windu, junto com outro motherfucker, nosso ator shakespeariano que fez não só um, mais DOIS ícones da Cultura Pop Careca, DOIS líderes fodas, o eterno Capitão Patrick Stewart e o eterno Xavier nos cinemas).
Até os filmes de ação foram dominados pela nova vertente, a dos Carecas Bombados (alguém aí falou Velozes e Furiosos?). Temos que agradecer ao The Rock, ao Vin Diesel e ao Jason Statham, queimando pneus até ficarem carecas de tanta adrenalina).
E claro, não podemos nos esquecer de um certo herói de ação da velha guarda, que assumiu a careca, mandou o foda-se para a cabeleira e meio que foi o precursor de tudo isso: O grande BRUCE WILLIS e seu incomparável John McClane que, conforme foi perdendo cabelo, foi ganhando super poderes (vocês acham que com cabelo ele seria capaz de surfar em cima de um avião?).
Por isso, queridos leitores da Popsfera, se um dia seu cabelo começar a cair e você sentir que a vida se esvai a cada escovada nas madeixas, lembre-se destes grandes heróis que ousaram enfrentar o Status Quo e mudaram a História, para nós nos tornarmos ícones pop!
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