Gibis lá fora: Mensal do Robin de Damian Wayne!
Amigos, recentemente pude conferir uma das novidades mais interessantes de Infinite Frontier da DC Comics, trata-se da nova mensal do Robin! Então vamos lá?
Em primeiro lugar, antes de comentar sobre a nova empreitada da DC Comics em reviver um gibi do parceiro mirim do Batman e alimentar nossa coluna “Gibis lá fora“, devemos levar em conta que a editora já tentou a alguns anos uma mensal com Tim Drake como o Robin e obteve muito sucesso.
Agora a editora das lendas tenta impulsionar suas vendas com um gibi focado em Damian, o filho do Batman. Desde que foi trazido para a continuidade do UDC por Grant Morrison, o personagem sempre trouxe aquele tom de frescor e novidade com ele, o que obviamente oxigenava os gibis por onde passava.
O acerto da DC em investir em uma mensal do Damian
Damian brilhou até mesmo como parceiro de Dick Grayson, numa dinâmica completamente nova e distinta, mas foi fazendo dupla com seu pai Bruce Wayne onde ele mostrou um grande potencial. Onde ele viu que ele seria o candidato ideal para ser o próximo Batman. Também pudera, o personagem foi treinado por quase todos os melhores artistas marciais e é carregado por uma autoestima realmente enjoativa.
Tudo isso é para falar o quão foda Damian Wayne é, e a DC acertou em escolhe-lo para estrelar uma mensal. E eu puder ler as duas primeiras edições do gibi e darei um parecer do que está acontecendo.
O texto deste gibi é de Joshua Williamson, que nada mais é que o coordenador desta nova fase da DC. Ou seja? Expectativas estão sendo criadas em cima deste lançamento, não é mesmo?
Trama interessante apesar de juvenil?
A trama de Robin trata de situar o leitor e da sequência como um dos desdobramentos de Joker War, quando Damian desiste do posto de Robin e parte sem rumo, sumindo sem deixar rastros ou pistas.
O que fica claro, é que Damian não suportou a dor de perder Alfred de maneira tão trágica nas mãos de Bane, e tem acumulado magoa e rancor. Adicione a essa formula uma aparente viagem de autodestruição, o que intensifica mais ainda o trauma do nosso menino prodígio.
Logo, nosso Robin favorito aparece em um torneio do submundo das artes marciais mostrando sua inabalada autoconfiança e vencendo com muita facilidade um Rei Cobra, que segundo a trama seria pai de Bane, o que lhe dá o direito de participar de um centenário campeonato na Ilha Lázaro.
Já pescou a referência? Ilha Lázaro? Poço de Lázaro? Então…
O dito campeonato é realizado a cada 100 anos e o vencedor do torneio recebe como prêmio a imortalidade ao ser banhado nas águas do Poço de Lázaro.
Williamson consegue uma tremenda proeza em fazer o leitor querer saber mais desta trama, mesmo que tudo pareça um monte de clichê de filmes de artes marciais. A leitura do gibi é dinâmica demais, tudo acontece numa velocidade tremenda.
Damian ainda é aquele guri impulsivo e que age antes de pensar nas consequências e isso pesa muito no final da primeira edição, que gera um cliffhanger muito poderoso. Um verdadeiro “what the fuck???!”
Alerta de Spoilers de Robin
O que acontece? Damian morre.
Sério mesmo? Sim.
Porém ressuscita graças as propriedades regenerativas do poço de lazaro. E aé quando o guri baixa a bola e deixa a Devastadora/Rose Wilson mostrar as regras do torneio, tudo fica mais claro.
Pelas normas do torneio cada participante pode morrer até 3 vezes e a competição só começa quando todos já tiverem morrido ao menos 1 vez. A direção do torneio “dá uma vida” como treinamento para os moleques ficarem espertos.
Interessante não?
Um rival a altura de Damian Wayne?
Agora que você sabe que o gibi parece uma mistura de O Grande Dragão Branco, A Colônia e Kickboxer, despertou interesse né safado? Afinal é visível a influencia da nata dos melhores filmes de Jean-Claude Van Damme na nova mensal de Williamson.
E você não viu nada.
Como falar em um torneio de artes marciais que reúne os maiores e melhores jovens lutadores do universo DC sem mencionar ELE?
Sim, Joshua Williamson não falhou conosco e nos brindou com algo que esperávamos a muito tempo.
Um dos participantes do torneio é ninguém menos que Connor Hawke, o filho de Oliver Queen, o famoso Arqueiro verde.
Para os leitores mais antigos, ver Connor de volta aos quadrinhos é uma verdadeira dádiva, afinal o personagem não aparece nas hqs desde antes dos Novos 52. E ele sempre foi muito promissor, tido como um dos maiores artistas marciais da editora, Connor chegou a suceder Oliver sob o manto do Arqueiro e sendo bem sucedido.
Hawke ficou desaparecido por quase 1 década e agora retorna para seu momento de glória em uma mensal de bastante prestigio.
Gibi promissor nesta nova fase!
O gibi no final das contas mostra-se muito promissor ao mostrar que Damian e Devastadora estão no torneio por motivos que são um verdadeiro mistério, ou seja, o filho de Bruce Wayne não está lá só para se mostrar como um poderoso assassino, ou em uma caminhada de autodestruição como todos pensavam no começo da edição #01, mas parece que tem como objetivo curar as feridas de sua alma em uma trajetória de amadurecimento real, mesmo que para isso seja banhado com muito sangue e suor.
Não poderíamos esperar menos de um personagem complexo como Damian Wayne, e de um roteirista competente como Williamson que dá claros sinais estar ciente do poder que tem com o personagem em mãos. E isso é um baita trunfo do escritor.
A arte da mensal do Robin está a cargo de Gleb Melnikov que se mostra competente apenas, com toque jovial, dinâmica e que em alguns momentos dá umas derrapadas que não comprometem. É um bom desenhista, mas não há um certo destaque, entendem? É um desenho bem genérico.
E o que é o Damian lendo mangá nos momentos de lazer? Hehehehe Sensacional.
É isso meus amigos, o gibi no final das contas evoca tudo que queremos ler para descontrair e arejar a mente no final do dia, com bastante diversão, muita ação, bom desenvolvimento e personagens cativantes, além de um bom elenco de apoio. Recomendo muito que parem um dia para ler esta nova etapa na vida do nosso querido Damian Wayne.
Desde já na torcida para que este gibi dure tanto quanto sua encarnação anterior.
Saiba mais sobre a coluna “Gibis lá fora” na matéria abaixo:
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