HAN SOLO – UMA HISTÓRIA STAR WARS

HAN SOLO – UMA HISTÓRIA STAR WARS: Existem filmes que são impiedosamente destruídos pela “crítica especializada” antes mesmo de estrearem.  Normalmente, são produções que enfrentaram problemas de bastidores e, na época da internet onde qualquer coisa vem à tona no momento que acontece, os problemas são externados, aumentados exponencialmente e críticos, blogueiros, fãs e qualquer pessoa com acesso à internet vai espalhando as noticiais, derrubando expectativas e fazendo com que um filme fracasse completamente, sendo classificado de “ruim”, antes mesmo de ser exibido.

Foi o caso de Liga da Justiça, a bagunça da Warner que passou por tantos problemas nas mãos de Zack Snyder, que quando estreou a versão remendada de Joss Whedon já estava condenada, mesmo tendo sido um filme divertido e ter cumprido seu objetivo maior, que é entreter.

E exatamente a mesma coisa aconteceu com Han Solo – Uma História Star Wars.

Depois do grande sucesso de Rogue One, a Disney optou por jogar no seguro e soltar sua segunda antologia dentro do Universo Star Wars explorando o melhor personagem de toda a saga, mostrando a juventude do caçador de recompensas magistralmente interpretado por Harrison Ford.

Dirigido por Phil Lord e Christopher Miller, dupla responsável por Lego Movie e pelo remake de Anjos da Lei e roteirizado por Lawrence Kasdan (responsável pelos roteiros de Império Contra-AtacaReturn of the Jedi e O Despertar da Força), a dupla foi demitida depois de quatro meses de filmagens e faltando apenas algumas semanas para encerrar a produção.

O que a Disney queria depois de contratar os diretores de… Lego Movie?

Entre os motivos vazados na imprensa, dizia-se que a dupla, com muita experiência em comédia, estava dando muitas oportunidades de improvisação para o elenco, deixando o filme muito mais perto de uma comédia do que de um filme de ação, e que a intepretação do protagonista Alden Ehrenreich como o jovem Solo estava “deixando muito a desejar”.

Aos 45 minutos do segundo tempo, o Diretor Ron Howard foi chamado as pressas para finalizar as 4 semanas de gravação restantes, e adicionar mais 5 semanas de refilmagens, aumentando substancialmente os custos do filme, além da necessidade de contratar um “treinador de atuação” para Alder, o que foi um prato cheio para a imprensa.

A realidade é que Solo, como filme, é bem divertido. Ao mostrar o passado de Han Solo, o filme aproveita para mostrar como viviam as pessoas à margem da dominação do Império Galáctico, e também nos leva um pouco além das fronteiras de Tatooine e da família Skywalker.

Vivendo no planeta Corellia, Han faz parte de um grupo de órfãos que tem que roubar para sobreviver. Tentando sair desesperadamente do planeta, junto com sua namorada Qi´ra (a destruidora de franquias Emilia Clarke), eles subornam um oficial do Império, mas apenas Han consegue escapar, com Qi´ra ficando presa no planeta.

O legado é pesado, mas Alden não compromete

Han se alista então como cadete no Império Galáctico e, por não ter família, o oficial registra seu sobrenome como “Solo”, batizando assim o maior personagem de toda a saga.

Passado alguns anos, descobrimos que Han Solo foi expulso da Academia de Vôo do Império por insubordinação e virou soldado da Infantaria, no planeta Mimban. Lá ele encontra um grupo de criminosos, liderado por Tobias Beckett (Woody Harrelson) e também o prisioneiro de guerra wookie Chewbacca. A dupla se une ao grupo de criminosos para um ousado plano de roubo de um carregamento de coaxium, um poderoso combustível hiperespacial, que vale muito dinheiro.  

O roubo dá errado e eles perdem o carregamento, que pertence a Dryden Voss (Paul Bettany), líder do sindicato do crime Crimson Dawn. Para poupar suas vidas, Voss exige que o coaxium perdido seja reposto, e Solo sugere um plano ainda mais arriscado para roubar o coaxium não refinado das minas de Kessel.

Voss aceita o plano, mas exige que sua principal tenente acompanhe o grupo e, claro, a tenente é ninguém mais que Qi´ra, que se juntou ao Crimson Dawn.

Qi´ra leva Han até Lando Calrissian (Daniel Glover), a fim de utilizar a Millenium Falcon, uma das naves mais rápidas da Galáxia, no roubo do coaxium não refinado.

The whole gang is here

O plano dá certo, mas Han engana Voss e entrega o coaxium para um grupo de piratas que, secretamente, tenta iniciar uma rebelião contra o Império. Qi´ra assume o lugar de Voss, e descobrimos que o líder secreto do Crimson Dawn é, na verdade, o Sith Darth Maul, que pede para Qi´ra encontrá-lo no Planeta Dathomir.

Solo observa Qi´ra indo embora, e posteriormente se encontra novamente com Lando, onde apostam a Millenium Falcon em um jogo de Sabacc. Solo impede que Lando trapaceie e ganha a nave no jogo, partindo então com Chewbacca para o planeta Tatooine, onde ouviu dizer que “um senhor do crime está oferecendo um emprego”.

Com grande elenco, atuações carismáticas e apostando forte no fan service, Solo é um filme verdadeiramente divertido, e que mostra estórias que até então tinham sido apenas mencionadas nos filmes clássicos, como a famosa Kessel Run, como Han conheceu Chewie, Lando, etc… Além de mostrar a origem dos famosos dados dourados pendurados na cabine da Falcon ?.

Solo funciona como uma aventura independente, e poderia ser o início de uma bem-sucedida franquia explorando a vida do maior mercenário da Galáxia, mas devido às críticas ruins (na maior parte, infundadas), o filme infelizmente fracassou nas bilheterias, sendo apenas mais uma franquia estragada no currículo de Emília Clarke.

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Marcio Fury

Escritor, revisor, colecionador e pai nas horas vagas. É o melhor no que faz, mas o que faz não é nada bonito.

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