Homem-Aranha: Longe de Casa – um epílogo para a Fase 3
Alôu você, amigo popsférico! Acabo de conferir HOMEM ARANHA – LONGE DE CASA (John Watts, 2019) e posso afirmar: a Marvel acertou novamente, sendo que nunca nem errou. Mas cuidado! Temos spoilers a seguir:
Eu estava esperando um filme fraco, matinê total como os da DC (não tão bobo quanto Shazam), mas o que vi foi um filmaço de aventura frenética e insana do começo ao fim.
O filme começa com uma homenagem aos heróis que se sacrificaram em Vingadores – Ultimato que funciona como uma espécie de luto para personagens como o próprio Peter Parker (Tom Holland) e também Happy Hogan (Jon Favreau). Esse epílogo da saga maior deve ser o que caracteriza “Longe de Casa” como o fim da fase 3 da Marvel.
A produção do filme aproveita a oportunidade para esclarecer para a plateia toda aquela história de 50% da população sumir e voltar 5 anos depois. A explicação é tosca, absurda e hilária. Adorei! Os haters que passaram horas criticando isso na internet vão adorar também.
Como um bom filme filhote de John Hughes, o elenco jovem tem muito destaque nessa película. Foi muito bacana, como leitor das antigas, conferir cenas inteiras com boa participação de Betty Brant, MJ, Flash Thompson e Ned Leeds.
Destaque absurdo para Jake Gyllenhaal! Todos nós sabemos que esse ator escolhe com muito cuidado os filmes nos quais atua, tendo uma enorme predileção pelo bizarro como em “O Homem Duplicado”, ou ainda “Donnie Darko” ou personagens densos e complexos como “Brokeback Mountain” ou “Zodíaco”. Com um currículo assim, que interesse teria Gyllenhaal em interpretar Quentin Beck, um vilão de quinta categoria num filme para as matinês?
Pois ele entrega uma atuação inspirada, parecendo se divertir a todo momento dentro do clássico papel de vilão louco, tanto nas cenas de ação quanto nas cenas de pura demência.
Um filme muito bacana, com ação do começo ao fim, com muito humor, marca registrada da Marvel e com um final surpreendente que abre inúmeras possibilidades para a sequência do MCU.
A nota ruim para esse filme é que ele não tem aquela famosa participação de Stan Lee, falecido ano passado aos 95 anos. Há uma bela homenagem a ele e a Steve Ditko, ambos os criadores do Homem-Aranha, no final do filme. Ditko também é lembrado no design de um dos uniformes que aparecem no filme.
Ao que parece, a Marvel ainda tem fôlego para contar suas histórias por muito tempo. E, se depender desse episódio da vida de Peter Parker, as coisas vão ficar ainda melhores no futuro.