Kristen Stewart brilha até debaixo dágua em Underwater!
Kristen Stewart brilha até debaixo dágua em Underwater: Juntem elementos de “Alien, o Oitavo Passageiro”, os mitos de Lovecraft e o talento em ascensão de Kristen Stewart, o que temos? Prenda o fôlego, popnauta! Underwater (“Ameaça Profunda”, no Brasil) é um filme com momentos cheios de tensão, adrenalina, terror e água pra todo lado!
Dirigido por William Eubank, que tem dois belos filmes de ficção científica no currículo (Love e O Sinal) o filme ainda conta com Vincent Cassel e T.J. Miller, um cast no mínimo respeitável para o talento da protagonista. E que talento! Stewart brilha em cenas profundas e melancólicas, se aventura pela ação e não fica devendo nada a grandes nomes como Sigourney Weaver e Jamie Lee Curtis.
Nossa história começa (e também termina) em um laboratório submarino, a ONZE QUILÔMETROS de profundidade, na Fossa das Marianas. É o tipo de pressão a que nenhuma criatura da superfície poderia sobreviver, então o laboratório é hiper-ultra-mega reforçado e os pesquisadores só saem na água usando pesadas armaduras de proteção. Eles estão lá para começar a perfurar o solo em busca de recursos naturais. A merda começa quando um terremoto causa a destruição do laboratório, mata vários pesquisadores e coloca em risco os sobreviventes! Eles são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com pouco oxigênio e trajes que podem estar avariados, para tentar sobreviver.
Até aí tudo bem, né? Tá tudo fácil e simples. Aliás, em tempos de coronavírus, tá mais fácil ficar a 11km de profundidade do que aqui na superfície. O problema real é outro: eles estavam perfurando onde não deviam. Há um motivo para nenhuma criatura da superfície conseguir mergulhar tão fundo. E o pesadelo, mesmo seguindo os clichês de diversos outros filmes do gênero, vai se tornando cada vez maior e surpreendente.
A sequência inicial, com o laboratório sendo destruído, é incrivelmente bem feita, com uma escala de devastação surpreendente – mas que nos coloca num clima claustrofóbico e assustador. Filmado três anos atrás, parece apenas uma triste coincidência que ele só tenha sido lançado agora, em tempos de quarentena e isolamento forçado, com recursos escassos em um ambiente que pode ser fatal. A trilha sonora acompanha o medo (do desconhecido) e as aterradoras descobertas feitas pela equipe, com efeitos visuais muito competentes, tanto das criaturas quanto do fundo do oceano.
O maior defeito do filme é, justamente, ter sido lançado agora. Não digo em janeiro de 2020, mas após filmes que tiveram grandes protagonistas femininas, como Exterminador do Futuro, ou quando o gênero “terror de ficção científica” não é mais novidade, após O Enigma do Horizonte (ou ambos, como no caso de Alien). Tivesse sido feito antes, seria um dos grandes clássicos do estilo. Pior que a pressão da Fossa das Marianas, infelizmente, é ser um filme destinado a sufocar sob a comparação com o passado – mas com grande potencial pra se tornar cult e mais um BELLO capítulo na carreira de Stewart.
(Aliás, esse filme é uma excelente companhia para Color Out of Space, que resenhamos aqui!). O que acharam das novidades da matéria Kristen Stewart brilha até debaixo dágua em Underwater? Deixe seu comentário!