MARVEL 80 ANOS – O INÍCIO

17.10.201901.04.2020 Daniel Gregio 0 comentários marvel, MARVEL 80 ANOS, MCU

Um breve rolê pela história da melhor editora de gibis de todos os tempos!

É isso, amigos! Esse ano, mais especificamente esse mês, a MARVEL COMICS completa 80 anos! É a mesma idade do BÁTEMA, mas nós não estamos nem aí com isso, não é mesmo? Nessa série nós pretendemos dar uma singela pincelada na trajetória dessa que se tornou a maior editora de quadrinhos do mundo: A MARAVILHOSA MARVEL, A CASA DAS IDÉIAS! O CASTELO DE STAN LEE! O REFÚGIO DO NERD TRANSÃO!

Quem vê a Marvel hoje chutando bundas, emplacando mais de 20 filmes e sei lá quantas séries além de brinquedos, colecionáveis, vídeo-games e mais uma imensa gama de produtos, nem imagina que a editora faliu nos anos 90. Esse é o motivo, aliás, de os direitos cinematográficos do Homem-Aranha pertencerem hoje ao estúdio Sony. Mas eu estou atropelando as idéias aqui, meus amigos.

Nessa série de textos muito bem escritos, nós aqui do POPSFERA pretendemos dissecar a história da maior usina de gibis de super-heróis do mundo!

TIMELY COMICS – A ORIGEM (1939-1950)

A editora precursora da MARVEL publica sua primeira revista em outubro de 1939, fundada pelo editor de revistas pulp Martin Goodman, e não existe nome mais apropriado para esse cara. Ele realmente foi um BOM HOMEM. Para aproveitar a recente popularidade dos super-heróis à época, ele faz a sua tentativa criando a editora TIMELY COMICS e lança o gibi MARVEL COMICS #1.

A TIMELY vai muito bem durante a chamada ERA DE OURO dos quadrinhos na década de 40, apresentando personagens como o HUMAN TORCH (na capa acima), THE SUBMARINER, KA-ZAR e o principal deles: o CAPITÃO AMÉRICA. A revista CAPTAIN AMERICA COMICS #1 sai em março de 1941.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os super-heróis foram retratados inúmeras vezes combatendo nazistas e japoneses e isso os alçou a uma popularidade imensa entre os leitores. Os heróis dos quadrinhos combateram os inimigos antes mesmo de os EUA entrarem na guerra. Personagens como FLASH, SUPERMAN, SEVEN SOLDIERS OF VICTORY e BATMAN (que estreou em maio de 1939), todos da DC COMICS, estavam no topo das vendas.

Mas, com o fim do conflito em 1945, os gibis de super-heróis foram perdendo o fôlego e em 1950 a TIMELY cancela o último de seus títulos nesse gênero.

ATLAS MAGAZINE – O REBOOT (1951-1960)

Martin Goodman não se deu por vencido! Em 1951 ele muda o nome da TIMELY COMICS para ATLAS MAGAZINES ampliando seus negócios para a distribuição de revistas também. Apesar de ter feito uma tentativa frustrada de reviver o gibi do CAPITÃO AMÉRICA em 1953, a ATLAS se manteve por um tempo editando outros gêneros, como a ficção científica, western, horror, humor e guerra.

A DC COMICS deitava e rolava na época e promoveu a chamada ERA DE PRATA dos quadrinhos, ali pelo ano de 1956, quando os caras promoveram uma revitalização do FLASH que se mostrou muito popular e com vendas nas alturas. Isso deu um novo fôlego ao gênero dos super-heróis e a ATLAS tenta pegar o bonde pela segunda vez, mas sem muito sucesso.

Gibi do Capitão com o logo da ATLAS ali em cima.

MARVEL – A EDIÇÃO DEFINITIVA (1957-2099)

Então, em 1957 a ATLAS muda seu nome para MARVEL COMICS. Nesse período, por exemplo, a MARVEL promoveu a estreia de GROOT (em um gibi que era uma mistura de ficção científica com horror), hoje famoso personagem do seu universo cinematográfico. Criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, GROOT foi personagem de capa da revista TALES TO ASTONISH #13, de novembro de 1960, e é considerado por alguns como o primeiro personagem do universo de super-heróis da MARVEL, uma vez que os demais existentes até essa data foram criados enquanto a editora ainda se chamava TIMELY.

EU SOU GROOT! (legenda mais fácil de todas)

Mas é em 1961 que a MARVEL começa mesmo a escrever seu nome na indústria.

Em uma partida de golfe, o então editor-chefe da MARVEL, Martin Goodman (olha ele aí de novo) ouviu de Jack Liebowitz, editor-chefe da DC COMICS, sobre o sucesso que a editora estava tendo com o seu título LIGA DA JUSTIÇA, uma revista que trazia a união dos personagens mais famosos da editora em um super-grupo de heróis. Goodman levou essa ideia para a redação da MARVEL com a convicção de que eles precisavam de um grupo de heróis também, mas um que trouxesse algo novo, uma proposta diferente se comparada ao material que a DC apresentava.

Stan Lee, que estava prestes a abandonar o ramo das histórias em quadrinhos, se associou ao lendário desenhista Jack Kirby para realizar esse seu “último trabalho” no ramo. O resultado foi uma revista inovadora, não com um grupo de heróis, mas uma família unida por laços ainda mais fortes do que a mera vontade de fazer o bem. REED RICHARDS, SUE STORM, JOHNNY STORM e BEN GRIMM se tornaram o QUARTETO FANTÁSTICO após serem atingidos por uma chuva de raios cósmicos (uma metáfora para a radiação, assunto muito em voga na década de 60).

A revista FANTASTIC FOUR #1 sai em novembro de 1961 e seu sucesso foi estrondoso. Com uma proposta um pouco mais realista, sem uniformes nem identidade secreta e ressaltando o lado humano de seus heróis, esse gibi se tornou o centro do universo que estava nascendo.

Esse realismo distanciava o gibi dos que a DC Comics vinha apresentando ao longo de sua trajetória. Lá, os heróis sempre foram retratados como semi-deuses, quase todos possuíam identidade secreta e a luta entre o bem e o mal sempre foi muito clara. A proposta da MARVEL seria diferente a partir daqui.

A cereja do bolo para as pretensões da editoria seria a adoção de algo chamado CRONOLOGIA. A ideia era de que um evento que abalasse as estruturas em uma revista fosse repercutido em outro título, fazendo com que todas as revistas estivessem de certa forma conectadas.

E assim, em maio de 1962, debuta a THE INCREDIBLE HULK #1.