Ouvimos Mass Hysteria – o novo disco do End of Pipe
Ouvimos Mass Hysteria – o novo disco do End of Pipe: Em terras nacionais, o hardcore vive e está em boa fase. E uma das bandas que melhor representam o gênero, que é referência até em terras internacionais e tem uma qualidade indiscutível são os caras da End of Pipe.
A End of Pipe é uma banda de punk rock e hardcore brasileira, formada em 2006. Vindos de Florianópolis/SC, a banda é composta por Uirá Medeiros (guitarra e voz), Rafael Censi (baixo) e Victor Berretta (bateria). Com uma sonoridade que remete os tempos dourados do hardcore dos anos 90, eles tem influências de lendas do hardcore como Slap of Reality, Samiam, Farside, Shades Apart e Bad Religion.
O trio engata uma sequência de altíssima qualidade com lançamentos de EPs e singles como “Don’t Think Twice” (2008), “Doped” (2012), “Keep Running” (2014), “End of Pipe & Down By Law Split – Equators” (2015), “Memories” (2017) e “Get Alive” (2018); deixando todos os fãs ansiosos pelo primeiro álbum completo de estúdio. Foi quando a banda anuncia o lançamento de “Mass Hysteria” para junho de 2020.
Com muito para dizer nesse álbum, o disco é lançado dia 01 de junho desse ano e não poderia ter nascido em um momento mais oportuno. Em “Mass Hysteria”, a banda dialoga sobre temas extremamente importantes e relevantes de uma maneira muito clara e inteligente sem cair em fórmulas conhecidas e cômodas do hardcore. E quem ouve o lançamento dos caras esperando apenas mais um disco com apenas uma camada será totalmente surpreendido positivamente pelo trabalho feito pela banda.
Com um disco um pouco diferente das gravações anteriores, a banda mostra uma franca evolução nas suas composições; ou seja, o que era muito bom ficou ainda melhor. Com uma gravação muito bem feita e com uma mixagem à altura da obra, a banda consegue entregar um disco com elementos clássicos do hardcore mas com uma sonoridade atual, um grande mérito da End of Pipe.
Ao analisar o disco, um grande ponto positivo vai para as letras da banda que abordam muito bem o que vem acontecendo no país e no mundo num momento de grande histeria das pessoas; algo que está estampado na atual sociedade e dá nome ao disco. Mas se engana quem ache que “Mass Hysteria” é apenas um registro de protesto, pois ele vai muito além disso. O álbum dialoga com seus fãs com muita propriedade em temas cotidianos e é muito humano, com muito coração e sensibilidade.
E para coroar o primeiro full lenght da banda, participações especiais não faltam. Com convidados como Frank Lacatena (Slap of Reality/The Sophomore Effort), Mark Vecchiarelli (Shades Apart), Scott Hallquist (Ten Foot Pole/DC Fallout), Félix Sebastian (Hardlife/Marreta/Kamikazes Refuse) e Emillie Plamondon (50 Shades of Punk Rock/Excuse Me Mister) deixam o disco ainda mais abrilhantado e interessante.
Ouvir “Mass Hysteria” é um deleite. A setlist foi muito bem montada, com todas as músicas se encaixando perfeitamente, garantindo uma experiência muito natural e coerente. Das dez faixas do disco, todas elas tem algo marcante que a caracteriza de maneira única, com elementos que vão desde a velocidade e peso do hardcore mais old school e a melodia bem trabalhada de bandas de selos como Revelation e No Idea Records.
Fica difícil de apontar faixas de destaque para a obra, pois ela é uma experiência que fica muito mais completa se ouvida de maneira integral, funcionando muito bem durante todo o seu tempo de execução sem nenhum ponto negativo. Para discos como esse, o único cuidado tem que ser com o volume, para ser colocado no maior possível!
Em linhas gerais, “Mass Hysteria” é um disco que marca um tempo que será lembrado nos livros de história, mas não soa como um disco que ficará datado pois vai além dos fatos de momento. Com certeza é o disco do ano, um orgulho nacional e uma obra que já nasce com todos os artifícios de um clássico do estilo.
Você pode ouvir o disco completo no link abaixo e por favor faça isso o quanto antes!
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