Picard – o Fim da Temporada – Adeus Mais Uma Vez
Picard – o Fim da Temporada – Adeus Mais Uma Vez: Chegou ao final a primeira temporada de Star Trek: Picard, uma série que serviu não apenas para honrar o legado da Nova Geração como também dar um novo começo ao almirante Jean-Luc Picard dentro da franquia. Com um roteiro bem construído, reviravoltas empolgantes, ótimas cenas de ação e Patrick Stewart soberbo, a série encerra seu primeiro ciclo de maneira eficiente mas sem, no entanto, escapar de algumas armadilhas.
O episódio começa com Narek se reunindo com sua irmã – que acredita que o romulano ainda está focado em eliminar toda a vida sintética. Mas Narek tem seu próprio plano: se unir aos seus inimigos para impedir o que parece um “ragnarok cibernético”. Para ele, isso não é apenas uma profecia: é História. “E a coisa mais fascinante sobre a História é que ela sempre se repete”.
A bordo do La Sirena, Rios e Raffi estão ocupados tentando reparar os danos causados nos últimos dias, utilizando uma ferramenta que conseguiram no último episódio. Um pequeno deus ex-machina aqui, já que a ferramenta é movida pela imaginação e parece mágica, capaz de realizar qualquer tipo de reparo. Claro que “qualquer ciência avançada o bastante é indistinguível de magia”, mas ela parece um tanto deslocada no universo de Star Trek. Felizmente, os personagens reagem com espanto a ela, mostrando que realmente é algo muito mais avançado que qualquer outro recurso de que disponham.
Enquanto isso, a doutora Agnes, que havia traído Picard, revela que também tinha seus próprios planos: eles envolvem libertar Picard, roubar a La Sirena e tentar deter a frota romulana. O único problema: a condição de Picard está crítica e ele pode morrer a qualquer instante. A dupla utiliza o ex-machina de reparos para criar uma ilusão de que são parte de uma frota numerosa, pronta pra combater os romulanos – e esse acaba sendo um ponto baixo do episódio. Felizmente, não é assim que as coisas vão se resolver. Picard quer convencer Soji a destruir a torre que ela está construindo e, assim, não enviar o sinal para as “divindades sintéticas interdimensionais”.
Aí entra todo o brilhantismo dos roteiristas Akiva Goldsman, James Duff, Michael Chabon e Alex Kurtzman: o discurso de Picard é contundente e inspirador. “Mostre a eles o quanto estão errados a seu respeito” soaria piegas na voz de qualquer outro ator, mas Stewart lapida as palavras e tira o melhor do texto. Pra completar: Jonathan Frakes retorna à frota como William Riker, pronto para ajudar seu velho amigo. Soji entende o tamanho da oportunidade que tem diante de si, a Federação encontra um jeito de fazer as pazes com Picard e o velho comandante… morre.
Sua consciência, no entanto, é salva no golem do doutor Soong, mas não antes que Picard tenha um último encontro com Data. O andróide se despede mais uma vez, de Picard e dos fãs, mas de uma maneira muito bonita, ainda que bem triste. Novamente, a tecnologia é mostrada de uma forma surpreendentemente mais avançada do que seria de se supôr no período em que a história acontece, o que “arranha” um pouco a verossimilhança dos fatos. Contudo, o roteiro é tão bem conduzido que entendemos exatamente a que esses pontos serviram. Em aberto: o destino de Narek e o crime de Agnes. De resto, temos uma mensagem muito bonita e humana, sobre amizade, derrubar barreiras e construir o próprio destino – tudo que fez de Star Trek um marco da popsfera, nos fez fãs e continuará inspirando pessoas ao redor do mundo. Que venha a segunda temporada!
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