Quarentena Musical – Dia 123 e 124 – Jawbox – Grippe / Novelty
Quarentena Musical – Dia 123 e 124 – Jawbox – Grippe / Novelty: A década de 80 com certeza foi uma época de muitas mudanças e experimentações musicais. Um fruto dessas mudanças foi o nascimento e ascensão do post hardcore, um mix de intensidade, qualidade e melodia. Nesse tão importante e consumido estilo, o Jawbox é um nome de referência e indiscutível, com um background firmado dentro da própria cena hardcore.
A cena de Washington D.C. sempre produziu clássicas bandas, como o Government Issue onde tocava J. Robbins, baixista dessa notória banda. Com o fim da lendária banda, Robbins decide formar um novo projeto musical com outra proposta, e no ano de 1989 nasce o Jawbox, juntamente com Zach Barocas, Kim Coletta e Adam Wade.
A banda logo entra em estúdio e grava um EP com nome da banda em 1990. O conteúdo dessa gravação chama atenção e abre espaço para o primeiro álbum completo dos caras, que saiu em maio de 1991 com nome “Grippe”, lançado pela Dischord Records.
Em “Grippe” temos uma banda que demonstra uma maturidade enorme para um disco de estreia. O disco tem uma atmosfera muito bem construída, melodias marcantes e composições muito inspiradas, com muitas faixas se tornando muito queridas pelos fãs. Alguns exemplos são “Impossible Figure”, “Tools And Chrome”, “Grip” e “Consolation Prize”. Além das já citadas, “Freezerburn”, “Paint Out The Light” e a versão de “Something Must Break”, original do Joy Division.
No ano seguinte, a banda lança a sequência do seu primeiro álbum, chamado “Novelty” também pela Dischord Records, e com o álbum se consolida como um dos principais nomes da gravadora americana.
O que era ótimo fica ainda mais bacana em “Novelty”, segundo álbum completo Jawbox. Com um trabalho instrumental ainda mais caprichado e elaborado com duas guitarras, o álbum é um prato cheio para ser ouvido em sua totalidade e ganha status de clássico com todos os méritos. Os alicerces do post hardcore estão mais fortes do que nunca e são expandidos, com muitos momentos da banda flertando com o emo e o rock alternativo.
A sequência inicial do disco com “Cutoff”, “Tracking” e “Dreamless” é uma das mais mais impactantes da história da banda e merece uma atenção especial, principalmente pelo capricho com os arranjos e vocais, muito bem casados e intensos. E se engana que “Novelty” é um disco sem atitude, muito pelo contrário; aqui temos um álbum espinhoso e recheado com mensagens de reflexão cotidiana, como em “Static” e “Spit-Bite”. Outros destaques vão para “Channel 3”, “Spiral Fix”, “Chump” e “Ones & Zeroes”.
Tanto em “Grippe” quanto em “Novelty” temos dois registros fundamentais da música alternativa que soam muito bem e são obras muito criativas, essenciais para todo fã do estilo.
Você pode ouvir esses discos nas principais plataformas digitais.
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