Quarentena Musical – Dia 157 – Gray Matter – Thog
Quarentena Musical – Dia 157 – Gray Matter – Thog: Não é novidade que a gravadora Dischord Records é uma fonte inesgotável de ótimas bandas que marcaram demais as gerações que foram surgindo desde a sua idealização, na capital norte americana.
Em alguns momentos distintos das décadas de 80 e 90 muitos ciclos dentro do mundo do hardcore surgiram ou se finalizavam a partir de bandas da gravadora, sendo meio que “chover no molhado” dizer que sem a Dischord, hoje a forma de como se ouve hardcore seria totalmente diferente.
Indo especialmente no Revolution Summer, o momento onde as bandas ampliaram os limites do seu som e em alguns casos até mudaram a sua essência fortemente, muita coisa de extrema qualidade surgiu nessa época onde a criatividade musical estava em estado de graça. E poucas bandas poderiam significar isso tudo de maneira mais notável quanto o Gray Matter.
Com certeza uma das bandas do chamado Post Hardcore mais impressionantes que já existiram, o Gray Matter nasce em 1983 em Washington D.C. e vive até 1986, na sua primeira fase muito bacana. Porém é na sua segunda fase, de 1990 a 1993 que os caras lançam sua obra prima definitiva, o impressionante “Thog”, que não poderia sair por outra gravadora senão a Dischord em 1992.
Em “Thog” há uma maturidade musical muito forte de toda a banda e isso é muito bem trabalhado em todo o disco. Com 12 faixas e cerca de 40 minutos, é impressionante como ele passa rápido e é muito bacana de ser ouvido.
Alguns destaques vão para a faixa título “Thog”, “Second Guess”, “The Disinclined”, “Bite The Bit”, “Killing Direction”, “October”, “Slow Grind” e “Drain”, músicas muito consistentes que passam por tudo que a banda construiu ao longo dos anos, desde o Hardcore Punk mais simples até algo mais elaborado e alternativo.
A banda infelizmente não deixou muitos discos para ouvirmos, mas os dois discos completos e mais alguns EPs são suficientes para mostrar o quão bom e a frente do seu tempo o Gray Matter estava. A grande verdade é que “Thog” é especial, e isso fica claro desde a primeira nota do álbum.
Uma curiosidade sobre o Gray Matter é que o baixista da banda era o famoso quadrinista e escritor Steve Niles, famoso por ser uma das mentes por trás de hqs como “30 Dias de Note”, “Crimes Macabros”, “Simon Dark” e “Hellspawn”.
Você pode ouvir esse disco no link abaixo.
Estaremos de volta amanhã para mais som! PMA!
O que acharam das novidades da matéria Quarentena Musical – Dia 157 – Gray Matter – Thog? Deixe seu comentário!
Você precisa fazer login para comentar.