Quarentena Musical – Dia 163 e 164 – Streetlight Manifesto – Everything Went Numb / Keasbey Nights

Quarentena Musical – Dia 163 e 164 – Streetlight Manifesto – Everything Went Numb / Keasbey Nights: Poucos ritmos são mais empolgantes e emocionantes que o ska punk. Com esse mix de sonoridades distintas surgiu um casamento dos mais felizes da história do mundo da música e até parece, em muitos momentos, que eles nasceram para ficar juntos, se completando de uma maneira inacreditável.

É fato que o mundo nos anos 90 viveu um grande boom do estilo, com muitas ótimas bandas surgindo nos quatro cantos do planeta. Me recordo que uma das minhas favoritas era o Catch 22 que nasceu e com o pé na porta emplacou o fantástico “Keasbey Nights” em 1998, um discão que merece ser sempre lembrado como uma obra inspiradíssima do empolgante gênero.

Até que o vocalista do Catch 22 Tomas Kalnoky sai da banda e forma o Streetlight Manifesto, que basicamente é uma banda com o espírito do primeiro álbum da banda anterior de Kalnoky, somados a uma baita evolução musical, principalmente nos instrumentais. E que bom que isso tudo aconteceu pois o Streetlight Manifesto é sem dúvida um dos maiores nomes de todos os tempos dessa terceira onda do ska.

Seu primeiro disco saiu pela aclamada Victory Records em 2002 com o nome de “Everything Went Numb” e tem momentos inacreditáveis de tão bons, ultrapassando muitos limites que o estilo tinha até aquele momento.

Com composições maravilhosas e memoráveis, “Everything Went Numb” é um álbum se até hoje rende algo novo mesmo após muitas ouvidas e isso é um pouco raro de acontecer em um estilo que tudo é muito direto e reto. Seja pelos metais muito bem gravados, pela instrumental que alterna com muita sabedoria momentos de peso e cadência nos riffs, é muito bacana ouvir esse disco de estreia de uma banda que tinha já todos os ingredientes para brilhar.

Ao falar desse álbum, é claro que faixas como “Everything Went Numb”, “That’ll Be the Day”, “Point/Counterpoint”, “If and When We Rise Again”, “A Better Place, a Better Time” (e seus quase 7 minutos de duração maravilhosos), “We Are the Few”, “A Moment of Silence”, “A Moment of Violence” e “The Big Sleep” não podem ser esquecidas e soam como clássicos de uma década não tão distante, totalmente indicadas para fãs de um ska punk muito bem produzido.

Alguns anos se passam após o disco de estreia do Streetlight Manifesto os caras decidem regravar o clássico disco do Catch 22 “Keasbey Nights” na nova banda com o apoio da Victory que tinha desejo de relançar o álbum original. Com isso, uma versão muito bem gravada e completa foi lançada no ano de 2006 e é um redescobrimento de um álbum genial gravado na década anterior.

Em “Keasbey Nights” temos uma sequência alucinante de faixas que fazem qualquer um se empolgar. Com as mesmas 14 faixas do lançamento original, a banda soube manter o som do álbum original e todo o seu aspecto “cru” mas com alguns aprimoramentos que deixaram ainda melhor a experiência de ouvir o disco. Destaques para “Dear Sergio”, “Sick And Sad”, “Keasbey Nights”, “Day In, Day Out”, “Walking Away”, “Giving Up, Giving In”, “On & On & On”, “Supernothing”, “Kristina She Don’t Know I Exist” e “1234 1234” que tocaram bastante e são essenciais para a expansão do ska punk pelo mundo, agora em versões atualizadas.

O Streetlight Manifesto é uma banda que tem muito coração em suas músicas, melodias incríveis e mesmo assim soa simples e acessível. Com uma carreira com vários outros discos incríveis onde a banda se reinventa e tem sempre algo diferente para mostrar, os caras são até a atualidade um nome muito relevante e importante para a cena alternativa.

Você pode ouvir esses discos nas principais plataformas digitais.

E em breve, mais uma indicação musical bem bacana. PMA!

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Renan Rennxxx

Fã incondicional de quadrinhos dos anos 90 (maior década), colecionador de quadrinhos, LPs e Straight Edge desde 1987. Gibis no acrílico, pizza e Anaheim Ducks são outras paixões. PMA sempre!

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