ROGUE ONE – A MELHOR HISTÓRIA DE STAR WARS DA ERA DISNEY!

ROGUE ONE – A MELHOR HISTÓRIA DE STAR WARS DA ERA DISNEY: Como botar fé em uma história de um bando de desordeiros, excluídos, em um spin off à margem da principal saga Star Wars (a saga Skywalker), contando uma história que foi apenas sugerida no letreiro de abertura de Uma Nova Esperança? Quem levaria fé nesse filme com cara e jeito de caça níqueis? Sobre algo que era uma nota de rodapé da franquia? Afinal, quem iria querer ver uma produção com cara de trapaça? De malandragem? De patifaria e vigarice? Um “rogue”?

Mas Rogue também é algo imprevisível e enganador! E foi assim, enganando as expectativas, que surgiu a história mais honesta e sincera do universo Star Wars pela fase Disney. Uma verdadeira ode de amor à franquia de onde menos se esperava.

E o mais fascinante de tudo, a história não é apenas da mocinha Jyn Erso (Felicity Jones) em busca do seu pai, sequestrado pelo Império para ajudar a construir a temida Estrela da morte. Não, isso é apenas uma parte da história. Cada personagem tem sua importância, seu momento, seu porquê de estar ali. Um grupo de renegados, desgarrados, crentes e desamparados que se unem a um ideal em busca de uma redenção, seja ela mística, filosófica, moral ou até mesmo um droid indo além das linhas de código impostas pela sua programação. Todos querem no objetivo de sua missão um meio para transformarem-se em alguém melhor.

E ai vem uma característica fundamental que fez a trilogia original ser o que é: o desenvolvimento dos seus personagens! Nos importamos com Leia, Luke, Chewie e Han porque eles não são apenas arquétipos de heróis, eles são pessoas com falhas, dúvidas, defeitos. Tememos Vader por causa de suas ações e personalidade e nos apiedamos de Vader, mesmo depois de tudo o que ele fez, porque vemos pelos olhos de Luke, o Anakin que está a gritar dentro daquela armadura negra. Em Rogue One temos a grata surpresa de termos heróis para conhecer, torcer e sofrer. E que grata surpresa, por sinal!

Conhecemos o “lado negro” da rebelião, o caminho extremista, terrorista, mostrado com maestria pelo veterano Forest Whitaker na pele do “pai adotivo” de Erso, Saw Guerrera. Temos o calejado oficial Cassian Andor (Diego Luna), cansado da guerra e das mãos sujas de sangue derramado, muitas vezes inocentes, pela causa Rebelde. Seu fiel companheiro, o robô imperial reprogramado, K-2SO, que luta para que os outros vejam que ele é sim um parceiro confiável, e muito mais do que aparenta ser.

Temos a visão holística da força, a força que NÃO DEPENDE DOS MALDITOS MID-CHLORIANS, e sim do sentimento, da sensação, do conectar-se a aquilo que nos une, nos rodeia e permeia. No papel do “monge” guerreiro cego Chirrut Îmwe, cuja fé inabalável na Força o guia até o final (que lembra e muito um certo jedi Kanan Jarrus) e seu fiel amigo, Baze Malbus, um mercenário de bom coração que perdeu a fé na Força mas não na amizade. Além deles temos Bodhi Rook, um piloto de carga imperial, que resolve apoiar a aliança rebelde após conhecer Galen, o pai de Erso (que acaba morrendo nos braços de sua filha, após uma malfadada missão rebelde).

O que sobra, no final, é a missão de roubar o projeto da Estrela da Morte, a fim de analisar a falha proposital que o pai de Erso havia incluído em sua estrutura. A missão é suicida, as chances de sucesso são remotas. É a possibilidade de redenção pessoal que une afinal a equipe Rogue One àquela tarefa mortal.

E não há como falar de grandes protagonistas sem grandes antagonistas. O inescrupuloso diretor Orson Krennic interpretado pelo excelente Ben Medelsohn é um show a parte. Seu encontro com Darth Vader (na voz dele, James Earl Jones) no castelo do planeta Mustafar é de arrepiar qualquer fã. E o que dizer de toda a cena final, com um Vader implacável, abordando a nave rebelde e matando o que vê pela frente? Toda aquela cena, com o sacrifício de vários soldados rebeldes e a fuga final da princesa Leia com os planos da Estrela da Morte nas mãos são uma incrível e bela homenagem a trilogia original. Até a questionável reconstrução digital do ator Peter Cushing para “reinterpretar” o temido Grand Moff Tarkin foi de enorme relevância para o filme, dando mais uma forte ligação do mesmo com o episódio IV.

A luta final, a batalha para entrar nos arquivos do império no paradisíaco planeta de Scariff é um show a parte, numa luta cheio de grandes efeitos à luz do dia, num cenário bem diferente do padrão para Star Wars. No fim, lógico, nossos heróis conseguem pegar os dados e mandar para a frota rebelde. E sim, nossos heróis também encontram a redenção, seja no abraço à fé de Chirrut e Malbus, seja no heroísmo redentor de Bodhi, no sacrifício pela amizade do droid K-2SO, ou no carinho e na afeição entre Erso e Cassian, abraçados, à beira da praia, com o orgulho do dever cumprido, esperando a morte chegar na onda de choque do disparo da Estrela da Morte.

O que mais representa toda a história  que foi construir e produzir Rogue One é esse pequeno relato: No início, nem todos os heróis morreriam, mas após conversas da produção e com a equipe da Lucasfilm chegou-se a conclusão que o fim adequado seria o sacrifício de todos. Afinal eles eram uma “equipe suicida”, “personagens dispensáveis”. Ledo engano, ao morrer eles tornaram-se tudo, menos dispensáveis. Transformando esse filme em algo tão icônico que mesmo com todos os seus personagens principais mortos, ele teve direito a uma épica sequência que estreou em 1977…

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Pai Fader

Pai fader - Um homem de bem com a vida, cheio de espiritualidade, com uma visão holística sobre esse misterioso mundo pop

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