STAR WARS – Episódio VII – O DESPERTAR DA FORÇA

STAR WARS – Episódio VII – O DESPERTAR DA FORÇA: Graças a Star Wars, George Lucas criou uma mitologia e um legado incontestável na História do Cinema e é o responsável pelo que chamamos de Cultura Pop hoje em dia.

Lucas sempre disse que seus planos para desenvolver essa mitologia compreenderiam 9 filmes. Como todos sabemos, a Trilogia Clássica representa o Episódio IV (Uma Nova Esperança), Episódio V (O Império Contra Ataca) e o Episódio VI (O Retorno do Jedi).

Já a Trilogia Prequel, um tanto quanto contestada, traz o Episódio I (A Ameaça Fantasma), o Episódio II (O Ataque dos Clones) e o Episodio III (A Vingança dos Sith).

Durante muito tempo, especulou-se quais seriam os planos de George Lucas para a Trilogia Final, com os Episódios VII, VIII e IX. Em algumas entrevistas, Lucas indicava que poderia seguir pelas ideias já apresentadas no Universo Expandido, com o Mestre Jedi Luke Skywalker liderando um novo Conselho Jedi, casando-se com Mara Jade e treinando os filhos de Han Solo e Leia.

Ele também mencionou que tinha vontade de apresentar os personagens clássicos passando o bastão para um elenco jovem, que seria liderado pela adolescente Kira, uma solitária, mal humorada e durona jovem que teria grande conexão com a Força, assim como a sith Darth Talon, uma alienígena de pele vermelha que seduziria Sam Solo, o filho de Han e Leia, e o levaria do caminho Jedi para o Lado Negro.

Eu te entendo, Sam Solo…

Mas a realidade é que jamais saberemos com certeza, pois em 2012 George Lucas vendeu a LucasArts para a Disney, e com a venda os planos da nova trilogia foram parar nas mãos do Mickey Mouse, que escalou J.J. Abrams para a missão de apresentar ao mundo uma nova trilogia Star Wars.

O que nos leva diretamente a até 2015, quando fomos enfim apresentados ao DESPERTAR DA FORÇA.

30 anos depois dos eventos mostrados em O Retorno de Jedi, descobrimos que a Aliança Rebelde agora é a República Galáctica, liderada pela General Organa (Carrie Fisher) que ainda enfrenta forte resistência dos remanescentes do Império, agora reorganizados como a Primeira Ordem (a Primeira Ordem ainda aparenta ser o Governo predominante na Galáxia, cujo crescimento precisa ser detido pela República).

Poe Dameron (Oscar Isaac) é um piloto da República, rebelde, avesso às ordens, mas o melhor no que faz. Ele é enviado ao planeta ferro velho Jakku, onde acredita-se que pode haver um mapa com a localização de Luke Skywalker (Mark Hamill), o último Mestre Jedi, exilado há muitos anos e com paradeiro desconhecido.

Kylo Ren (Adam Driver), o líder da Primeira Ordem, é um aprendiz Sith muito poderoso no lado Negro, discípulo do Supremo Líder Snoke, que assumiu o lugar do Imperador Palpatine e também quer o mapa com a localização de Luke.

Antes de ser capturado por Kylo Ren, Poe Dameron coloca o mapa no seu dróide BB8, e ordena que ele se esconda. Kylo prende Poe e ordena que todos no vilarejo sejam assassinados, uma ordem que um dos Stormtropper, Finn (John Boyega) se recusa a cumprir e acaba desertando, ajudando Poe Dameron a fugir.

Do outro lado de Jakku, uma catadora de lixo, Rey (a lindíssima novata Daisy Ridley), acaba salvando o dróide BB8 de ser vendido como sucata.

E dessa forma todas as peças do novo tabuleiro estão devidamente posicionadas.

É hora de começar a usar o fator nostalgia a seu favor.

Finn se encontra com Rey e BB8, e todos estão sendo perseguidos pela Primeira Ordem. Eles fogem em uma velha nave abandonada, que Rey consegue fazer funcionar e pilotar como ninguém, apesar de ser apenas uma catadora de lixo.

A nave é nada mais nada menos do que a Millenium Falcon.

Já no espaço, eles são capturados por um nave pirata cargueira, pilotada simplesmente por Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca (Peter Mayhew), e decidem ir até o planeta Takodana, onde precisam da ajuda de Mas Kanata, uma velha pirata que tem ligações com a força e, por coincidência, guarda o sabre de Luke Skywalker no porão (o filme é simplesmente recheado de coincidências, e não tem nenhuma vergonha em admitir isso).

Rey é capturada por Kylo Ren, enquanto os outros conseguem fugir da Primeira Ordem, com a ajuda das naves da República, lideradas por Poe. Na base da República, no planeta D´Qar, o grupo se encontra com a General Organa, e descobrimos que Han e Leia estavam separados desde que seu filho Ben Solo se revoltou contra o Mestre Jedi Luke Skywalker, tornando-se Kylo Ren e fazendo com que Luke se exilasse.

Kylo tortura Rey para conseguir a informação que falta sobre o paradeiro de Luke, mas descobre que a garota tem uma forte ligação com a Força, ainda mais forte do que a própria ligação dele com o Lado Negro.

A Primeira Ordem tem uma nova arma capaz de destruir não planetas, mas sistemas inteiros, conhecida como Starkiller (lembram desse nome?). A Primeira Ordem quer usar a Starkiller para destruir não apenas D´Qar, mas o sistema solar deles inteiro e, dessa forma, acabar com a nova República.

Han, Chewbacca e Finn tentam desativar os escudos da Starkiller, para que os rebeldes possam destruir a arma, antes que ela se energize e exploda D´Qar. Han vê Kylo Ren, e tenta convencer o filho a abandonar o Lado Negro e voltar junto com ele para a República, mas o filho acaba matando Han, empalando-o com seu sabre de luz e, dessa forma, concluindo sua jornada definitiva para o lado negro.

Os explosivos que eles tinham plantando, no entanto, são bem-sucedidos, e os escudos da Starkiller são desativados, fazendo com que as naves da República possam destruir a super arma.

Kylo Ren, ferido por Chewbacca depois de assassinar o pai, é confrontado por Finn, portando o sabre de luz de Luke, e o derrota facilmente. Porém Rey chega e consegue não apenas controlar o sabre, mas mostra um domínio sem precedentes sobre a Força, uma vez que ela não tem nenhum treinamento.

Quando está prestes a derrotar Kylo, o planeta começa a entrar em colapso, e Rey e ele acabam se separando. Kylo vai embora para se encontrar com o Lider Supremo Snoke, enquanto Rey volta para D´Qar, onde com a ajuda de um dormente R2 D2, conseguem completar o mapa com o paradeiro de Luke Skywalker.

Rey, Finn e Chewbacca embarcam então na Millenium Falcon, e partem a procura de Luke, exilado em um planeta remoto e, depois de escalar uma grande montanha, Rey finalmente encontra o velho Mestre Jedi, e lhe oferece seu antigo sabre de luz.

Assim como fez com Star Trek, J.J. Abrams jogou no seguro e apresentou um produto novo, com novos personagens, mesclando a um cenário conhecido e, dessa forma, criando um misto de reboot e continuação. Sim, porque o Episódio VII é uma continuação direta do universo que conhecemos, mas também utiliza quase que de forma didática os mesmos elementos presentes no primeiro filme da franquia, o Episódio IV.

Ao mesmo tempo, ao menos alguns elementos dos rascunhos de George Lucas foram aproveitados, uma vez que Rey claramente foi desenvolvida a partir de Kira, e Sam Solo tornou-se Ben Solo, saindo do Lado Jedi para o Lado Negro, onde se tornou Kylo Ren.

É interessante acompanhar o início da “jornada do herói” de Rey, que claramente tem grande potencial na franquia, uma vez que seu domínio sobre a força é impressionante, justamente por ela não ter treinamento nenhum e saber pilotar naves, empunhar um sabre de luz e usar a força de igual para igual com alguém que passou pelo treinamento, tanto Jedi quanto Sith.

Mas a verdade é que os novos personagens só empolgam porque aparecem acompanhados de caras que já conhecemos quase como parentes, e o maior atrativo do filme é justamente rever Leia, Han e Chewie, e tentar entender o que eles andaram fazendo nessas ultimas décadas.

E se você não se emocionar com Han Solo e Chewbacca entrando novamente na Millenium Falcon e dizendo “I´m Home”, sinto dizer…

…mas esta franquia não é para você!

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Marcio Fury

Escritor, revisor, colecionador e pai nas horas vagas. É o melhor no que faz, mas o que faz não é nada bonito.

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