Toy Story 4 e o dilema de Steve Rogers
Olar popnautas, como vão? Seu velho pai Fader vem mais uma vez para trazer uma lição de vida para vocês, nerds coxinhas (e mortadelas também, sem preconceito aqui, amamos todos) sobre a vida e relacionamentos. Vamos lá, admitam! Vocês assim como o old man Fader aqui frisaram as sobrancelhas quando ouviram sobre Toy Story 4. Para que mexer na melhor trilogia da história? Para que mexer no que tá perfeito, diabos? (Sim, foi por grana, óbvio, mas foi bem feito amigos, muito bem feito).
Só lembrando que por ser um texto com o selo Fader de qualidade, tem spoilers até dizer chega, então não reclame dizendo que o papai aqui não avisou, viu!
Se tem uma palavra que pode resumir o filme seria “amadurecimento”. O foco em Woody, e qual o seu papel numa vida sem o Andy. O que fazer? Repetir tudo de novo com a Bonnie? A Bonnie precisa mesmo dele como o Andy precisava? E o Woody? O que o Woody precisa agora que ele cumpriu com sua missão? Repetir seu papel ou seguir uma nova vida?
Esse, amigos, é o “dilema Steve Rogers” que o filme trabalha com maestria. Devemos só viver pelos outros anulando a nós mesmos? Não merecemos nosso pedacinho de felicidade após uma missão cumprida? Nosso herói reencontra sua Peggy, sua Betty garota de porcelana, seu amor perdido que, de repente, está ali, de volta, para aquela dança prometida que o destino teimou em negar.
Mas é aquilo, o filme passou por um terreno perigoso, fazer uma sequência pós uma trilogia perfeita, com um final redondinho não é para qualquer um não! Observem o tamanho desse risco: vocÊ teve uma relação legal, ficou uns três anos com uma garota, passou ótimos momentos, boas lembranças, terminando numa boa, sem atritos, na amizade. Ótimo, né? Mas aí, os anos passaram e vocês resolvem se reencontrar, papo vem, papo vai, ela está até mais bonita e madura e você, como velho cowboy, quer dar uma saidinha pelos “velhos tempos”.
Agora você, popnauta peralta, entendeu o perigo que Toy Story 4 correu! Ficar com a ex pelos “velhos tempos” depois de tudo fechado, tem tudo, mas tudo mesmo, para dar errado! As chances são de 1 para 100 de você se dar bem e olhe lá! Mas, mas, mas, Toy Story 4 vai lá, tira onda, pega a ex, sai com a pastorinha, refaz a amizade com o bichinho de estimação dela que você nem lembrava mais o nome e, no final, já tá no apê dela, dirigindo o carro da muié e tirando onda com os amigos (ok, acaba que no final se afasta um pouco dos velhos amigos pelo rabo de saia, mas, o velho cowboy merecia muito ser feliz e amigos estão sempre ali, basta ligar).
E é isso, se Toy Story 3 foi o final de uma trilogia perfeita, o quarto é aquela rapidinha bem feita, para arrumar questões pessoais, e dar o seu final feliz (isso até eles terem uma crise de casal, a ex te mandar embora da casa dela jogando seu chapéu e suas botas pela porta do apê), mas ai não tem problema, porque AMIGOS ESTÃO SEMPRE ALI!
NO AGUARDO DE TOY STORY 5, A VOLTA DO PAI DO ANDY.
Você precisa fazer login para comentar.