Warrior Nun S01 – Episódios 3 e 4
Warrior Nun S01 – Episódios 3 e 4: Amigo popnauta, as tretas religiosas/científicas seguem frenéticas na muitíssimo bem sucedida série Warrior Nun! As coisas parecem que vão melhorar pra Ava, aí pioram, mas depois pioram muito! Se liga no que rolou:
O terceiro episódio, “Ephesians 6:11”, é sobre o versículo “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do demônio”! Trata justamente do começo do treinamento de Ava, enquanto ela aprende os segredos da Ordem da Espada Cruciforme e do misterioso Halo que carrega. Algumas novas habilidades vão aparecendo, como levitar por exemplo, numa cena que parece saída diretamente de O Exorcista. O treinamento é pra ela aprender a focar melhor a mente e entender como usar da melhor forma as habilidades do Halo. Irrita um pouco o comportamento de Ava em alguns momentos, onde parece que escreveram no roteiro “nessa parte você imita o Deadpool”. O excesso de descaso dela, não só com as outras irmãs mas com sua própria situação, parecem não encaixar com as atitudes dela em outros momentos. Vá lá, vamos entender isso como um mecanismo de defesa em que ela prefere ficar na defensiva – mesmo assim, irrita.
Ava aprende a história de Areala de Córdoba, a primeira Freira Guerreira. Uma órfã como Ava, Areala também teve que carregar a responsabilidade do Halo sem outra opção, imposta a ela. A Ordem da Espada Cruciforme surge da necessidade de preparar irmãs pra enfrentar demônios, já que só uma pessoa pode portar o Halo de cada vez. Longe dali, os empresários / cientistas da Arq-Tech descobrem as identidades dos invasores da festa do episódio passado. Pior que isso: eles vêem Ava interagindo com o misterioso metal adamantium vibranium enésimo Divinium. Enquanto isso, o Padre Vincent tenta convencer Ava a permanecer no mosteiro, dizendo que ela pode ter um propósito maior. Ela começa a ser treinada pela Madre Superiora, uma mulher dura e severa, que faz Ava encarar o fato de que cometeu suicídio – o que Ava nega veementemente.
O raciocínio é simples: por que ela precisaria tomar remédios pra dor se estava paralisada do pescoço pra baixo? No review anterior (que você confere aqui) eu já cantei essa bola, eu manjo demais das engrenagens. Ava termina por fugir do mosteiro em um monte de descuido de Padre Vincent. “Eu quero viver”, ela deixa em um bilhete. Foram anos presa a uma cama pra ter que ficar num mosteiro? Na moral, eu também fugiria (mas por causa do celibato).
O quarto episódio se chama “Ecclesiasticus 26:11”, o versículo que diz “Cuidado com um olhar insolente, e não se espante se ela se voltar contra ti”. Começa com Ava fazendo burrice: ela está andando pelas ruas toda serelepe, feliz por ter se livrado do mosteiro e pensando em como vai poder curtir a vida a milhão agora. É quando ela vê o rastro avermelhado de um demônio sobre um cara que está perseguindo uma mulher. Ela tenta colocar o homem no lugar dele – mas o problema era a mulher. Uma gangue de assaltantes que a espanca brutalmente e a esfaqueia.
Felizmente, ela tem fator de cura e resolve procurar por seus antigos amigos trambiqueiros – em especial por JC. Ela encontra. Numa praia. Assim, de boas. Quem nunca? O problema é que os amigos de JC viraram um alvo por causa de Ava e ela não é muito bem recebida. Ela resolve deixar o grupo pra trás, mas JC vai atrás dela e propõe que fujam juntos pelo mundo. É tudo que ela queria, na verdade, então topa na hora. Porém, eles estão sendo seguidos. Longe dali, o Cardeal Duretti está organizando um ataque à Arq-Tech para resgatar o metal Divinium, enquanto convence a irmã que deveria ter recebido o Halo a arrancá-lo de Ava – custe o que custar.
Ava não tá nem aí pra isso, só quer saber de fugir com o JC (que ainda não sabemos se é Jesus Cristo, John Connor, John Constantine…) Mas ela tem um flashback de sua morte: a freira que cuidava dela, a irmã Francis, parece ter envenenado a garota propositalmente, já que ela ia fazer 18 anos e teria que deixar o orfanato. Uma garota aleijada, nas ruas, que chance teria? O que aconteceria com ela? A morte era uma espécie de misericórdia na cabeça da freira DUMAU, por isso ela matou Ava. Ao lembrar disso, Ava pede para JC esperá-la no aeroporto e corre para o orfanato. Ela tem um amigo lá, um menino chamado Diego, que pode estar em perigo.
Enquanto isso, as freiras invadem a Arq-Tech para roubar o Divinium. As freiras ninjas são boas de porrada, a cena tem uma coreografia de luta bem legal e elas terminam por roubar o escudo de Divinium. Ava chega ao orfanato e confronta a Irmã Francis, uma velha odiosa que acha que está mandando pro céu as crianças que mata. Ava está furiosa, porque seu amigo estava à mercê da irmã DUMAL – mas ela é burra demais e a freira usa a seringa com a dose fatal de analgésicos nela! Burra demais, bicho. Mesmo assim, seu fator de cura permite que ela resiste e quebre o pescoço da velha – e todo mundo sabe que, quando personagem de gibi quebra o pescoço de alguém, o negócio vai ladeira abaixo.
Dividida entre a culpa por ter praticado assassinato e o alívio por ter feito justiça, Ava sai do convento e dá de cara com a legítima portadora do Halo, esperando por ela e disposta a tudo para recuperar o artefato místico. Se precisar matá-la pra isso, melhor ainda.
A série continua evidenciando alguns problemas, uns furos no roteiro e situações mal-explicadas, mas se sustenta muito bem no carisma de sua protagonista, Alba Baptista. Esse quarto episódio foi escrito por David Hayter, co-roteirista de X-Men 2, filme onde ele errou muito menos. Mas, no geral, a série segue divertida, gostosa de acompanhar e com alguns pontos surpreendentes – mesmo tendo outros muito óbvios.
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